TRAIÇÃO NO PARTIDÃO? 08/10/2007 18:03
Secretário de governo de Olinda acusou vereador de não colaborar com eleição de Luciano Moura
O secretário de Governo de Luciana Santos, Marcelino Granja, foi um dos depoentes no processo que defenestrou o vereador Cláudio Xavier, no mês passado, sem alarde, por infidelidade partidária.
Ele foi categórico ao criticar a atuação do ex-correligionário, desde 2005, quando dois vereadores comunistas disputaram o comando da Câmara Municipal de Olinda, com seqüelas até hoje.
“O filiado Cláudio Xavier, apesar de não ter conseguido arregimentar o maior número de apoios, insistiu em sua candidatura. A sua candidatura foi movida única e exclusivamente por seu interesse pessoal”, diz Granja, ex-secretário de Fazenda do município também e um dos líderes do PC do B em Olinda.
“A antecipação da discussão da eleição da mesa diretora prejudicou a campanha do PC do B às eleições estaduais (leia-se Luciano Moura)”, garantiu Granja, referindo-se a uma manobra atribuída ao ex-comunista Cláudio Xavier, com o objetivo de comprometer Luciano Moura com os vereadores do partido, preferencialmente o seu nome. Depois de eleito, o deputado poderia não respeitar o acordo.
No auge das negociações, o mesmo PC do B que pune Xavier agora chegou a propor a indicação dos votos da bancada governista de Olinda no André Avelar, eleito pelo PSDB, desde que ele fechasse posição com o grupo governista.
“Ficou nítido que a não aceitação de André Avelar como candidato da bancada governista que o objetivo de Cláudio Xavier era o de impor uma derrota ao governo, já que aceitava André Avelar desde que ele fosse o candidato apoiado pelas oposições”, registra Granja, no processo contra Xavier.
A formalizasse do bloco resultou na fragmentação da base governista. Tanto que o oposicionista venceu. Daí Luciana Santos não perdoar o ex-aliado? Com o sucesso de Avelar, a quem apoiou, Xavier elegeu-se primeiro vice-presidente da casa, no biênio 2007/2008, mas agora ficou sem partido.
Qual a razão da briga durar tanto tempo e somente agora culminar com a expulsão.
“O fato do presente processo somente ter sido instaurado agora deve-se à cultura do partido de, antes de medidas punitivas, tentar por todos os meios amigáveis, convencer o dissidente quanto ao equívoco de sua postura”, informou.
http://jc.uol.com.br/blogs/blogdejamildo/2007/10/08/index.php
Nenhum comentário:
Postar um comentário