
Faleceu na manhã desta terça-feira o ex-vereador de Olinda, João de Lima Neto. Político que se identificou com as coisas da cidade, João de Lima também era compositor e classificou, recentemente, a música "Este ano é Ariano" no festival de frevos promovido pela Prefeitura do Recife.
Sua vida política começou no Movimento Democrático Brasileiro - MDB - tendo participado da resistência a ditadura militar. Foi candidato a vice-prefeito de Olinda. Atualmente, estava integrado no apoio a formação do Partido Trabalhista Brasileiro - PTB - de Olinda.
Morre João de Lima Neto, ex-vereador de Olinda
O ex-vereador de Olinda João de Lima Neto, de 59 anos, faleceu na manhã desta terça-feira (2), vítima de um infarto fulminante. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O corpo será velado na Câmara de Olinda, a partir das 13h, e será sepultado no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, às 17h. João de Lima Neto foi presidente da Câmara Municipal de Olinda, candidatou-se a vice-prefeito e não exercia o cargo no legislativo municipal há 12 anos. O ex-vereador deixa a mulher e dois filhos.
O primeiro mandato de João de Lima Neto foi em 1972, quando foi o vereador mais votado de Olinda. Em 1982, foi candidato a vice-prefeito da cidade pelo PMDB. Ele também foi presidente do Centro de Convenções de Pernambuco entre os anos de 1991 e 1992, no governo de Joaquim Francisco.
da Redação do pe360graus.com
Olinda perde ex-vereador João de Lima Neto
Ex-presidente da Câmara sofreu infarto fulminante
Vitimado por um infarto fulminante, morreu às 2h de ontem o ex-vereador de Olinda João de Lima Neto. Natural de Nazaré da Mata, 59 anos, casado e pai de dois filhos, João era graduado em Direito e Administração de Empresas. Contudo, foi na política olindense que deixou sua marca. Sem exercer cargo legislativo há 12 anos, em 1972 foi o vereador mais votado do município. Em 1976 foi reeleito, chegando a presidir a Câmara Municipal de Olinda. Em 1982, candidatou-se a vice-prefeito na chapa de Roberto Franca.
Em outro momento, foi o articulador da vitória de Germano Coelho à Prefeitura de Olinda. Os amigos dizem que sua saída da política justificou-se pelas grandes decepções que o atingiram durante a militância. “João nunca se apegou ao poder, a bens materiais. Na política era um missionário, um grande orador. Olinda vai sentir falta dele”, revelou, emocionado, o irmão Fernando Costa Lima.
Os amigos referem-se a João como um homem inteligente, que usava a tribuna para fazer política patriota, corajosa e destemida. Com o vereador Zito de Andrade Lima fundou o MDB de Olinda. Também foi um dos fundadores da União dos Vereadores de Pernambuco (UVP) e, em 1991/1992, presidiu o Centro de Convenções de Pernambuco. Foi assessor parlamentar das prefeituras de Olinda, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Goiana, Abreu e Lima, Paulista e Aliança.
Nos últimos anos dedicava-se à música, compondo frevos, forrós e jingles políticos. O corpo de João foi velado por muitos amigos na Câmara Municipal de Olinda e enterrado às 17h de ontem, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista.
JOÃO DE LIMA, O COMPOSITOR
FORRÓ DE OLINDA
João de Lima/Aracílio Araújo
Quem vai pro farol
É o bonde de Olinda
Quem vai pra o forró
De Olinda sou eu
Eu vou dançar
No mercado da Ribeira
Vou subir descer ladeira
Com o meu forrofiar
Eu vou subindo chego no Alto da Sé
Canto Olinda mulher
Depois vou prá beira mar
Eu vou cantar
ciranda, coco e baião
prá lembrar de Gonzagão
na praça do jacaré
prá quem quiser
canto Jackson do Pandeiro
é assim o meu roteiro
é assim o meu trupé
É mestre Ambrósio
E o forró Pé de Calçada
Cascabulho camarada
Também vem forrofiar
Vou convidar
Salustiano com a rabeca
Antúlio com a boneca
Para o forró esquentar
No meu forró
Tem Mateus tem Catirina
Dona Selma e muita rima
No coco pra se cantar
Eu vou chamar
Pra marcar sua presença
Tonheta e Allceu Valença
Na pancada do Ganzá
JOÃO DE LIMA NETO ESTÁ VIVO
por IVAN MAURÍCIO
João de Lima Neto desceu e subiu as ladeiras de Olinda e foi se embora para o outro plano.
Perdemos um sábio. Um sábio que estava ao nosso lado. E muita gente não via ou fingia ver.
Se pudéssemos resumir a vida de João de Lima Neto poderíamos afirmar que ele passou a maioria do seu tempo amando Olinda. Por isso é que preferia vê-la à noite, quando estava mais fogosa e poética.
João de Lima também soube se indignar e tomar as dores de Olinda.
A Olinda, no passado, incendiada pelos holandeses.
Olinda esquartejada pelos governadores de Pernambuco que reduziram seu território ao menor município do estado.
Olinda invadida criminosamente – com o silêncio e conivência dos governantes – pelos conjuntos habitacionais sem nenhuma infra-estrutura: saneamento, escolas, postos de saúde e urbanização.
Olinda sofrendo as conseqüências de tudo isso, com o aumento da violência, do tráfico de drogas, da juventude sem emprego, do analfabetismo e das doenças.
João de Lima, sábio, sempre foi um crítico da esquerda festiva.
E da Olinda que hoje sofre os desmandos, a incompetência e corrupção. Tudo isso em nome de um governo que se diz popular e comunista.
Comunistas de meia tigela que passaram boa parte da vida reverenciando um tirano (Henver Hodja) que na Albânia queimou e censurou livros, perseguiu cabeludos (cuidado Alceu!) e homossexuais (por falar nisso, João de Lima e Pernalonga devem estar falando da vida alheia lá no céu).
Se essa gente que governa nossa cidade quisesse saber mesmo o que é comunismo, não deveria perder tempo indo tão longe. Bastava dar uma circulada em Peixinhos e em Santa Tereza e reverenciar as figuras ilustres de Ananias Florêncio de Barros e Antonino Guimarães.
Mas, deixemos que o exemplo de João Lima Neto sirva para a juventude como uma prova de amor pela cidade.
A cidade dos bonecos gigantes, de Aparecida, Billy de Olinda, Fred Esperantista, do Negão Aldifas e de uma multidão de gente tão genial que esquece de tudo e sai atrás do frevo.
Do frevo que João de Lima tão bem compunha.
Preparem-se para cantar no Carnaval de 2008, o fabuloso frevo de João de Lima Neto “Esse ano é Ariano”, um dos vencedores do festival da Prefeitura de Recife (já que a de Olinda não faz).
Mesmo que depois a gente tenha que enxugar uma lágrima do rosto.
Perdemos um sábio. Um sábio que estava ao nosso lado. E muita gente não via ou fingia ver.
Se pudéssemos resumir a vida de João de Lima Neto poderíamos afirmar que ele passou a maioria do seu tempo amando Olinda. Por isso é que preferia vê-la à noite, quando estava mais fogosa e poética.
João de Lima também soube se indignar e tomar as dores de Olinda.
A Olinda, no passado, incendiada pelos holandeses.
Olinda esquartejada pelos governadores de Pernambuco que reduziram seu território ao menor município do estado.
Olinda invadida criminosamente – com o silêncio e conivência dos governantes – pelos conjuntos habitacionais sem nenhuma infra-estrutura: saneamento, escolas, postos de saúde e urbanização.
Olinda sofrendo as conseqüências de tudo isso, com o aumento da violência, do tráfico de drogas, da juventude sem emprego, do analfabetismo e das doenças.
João de Lima, sábio, sempre foi um crítico da esquerda festiva.
E da Olinda que hoje sofre os desmandos, a incompetência e corrupção. Tudo isso em nome de um governo que se diz popular e comunista.
Comunistas de meia tigela que passaram boa parte da vida reverenciando um tirano (Henver Hodja) que na Albânia queimou e censurou livros, perseguiu cabeludos (cuidado Alceu!) e homossexuais (por falar nisso, João de Lima e Pernalonga devem estar falando da vida alheia lá no céu).
Se essa gente que governa nossa cidade quisesse saber mesmo o que é comunismo, não deveria perder tempo indo tão longe. Bastava dar uma circulada em Peixinhos e em Santa Tereza e reverenciar as figuras ilustres de Ananias Florêncio de Barros e Antonino Guimarães.
Mas, deixemos que o exemplo de João Lima Neto sirva para a juventude como uma prova de amor pela cidade.
A cidade dos bonecos gigantes, de Aparecida, Billy de Olinda, Fred Esperantista, do Negão Aldifas e de uma multidão de gente tão genial que esquece de tudo e sai atrás do frevo.
Do frevo que João de Lima tão bem compunha.
Preparem-se para cantar no Carnaval de 2008, o fabuloso frevo de João de Lima Neto “Esse ano é Ariano”, um dos vencedores do festival da Prefeitura de Recife (já que a de Olinda não faz).
Mesmo que depois a gente tenha que enxugar uma lágrima do rosto.
Buga de Olinda e João de Lima Neto
“O enfrentamento tem que levar em conta
o reencontro de Olinda com as suas raízes
daí pra frente a gente cuida.”
João de lima
Para bulga Olinda em 26/08/2007
"Os ventos que as vezes levam algo que amamos são os mesmos ventos que nos trazem algo que aprendemos a amar. Por isso, não devemos chorar pelo que nos foi tirado, e sim aprender a amar o que nos foi dado, pois tudo que é realmente nosso o vento nunca irá levar."(PauloCoelho)
Um comentário:
João de Lima Neto, amigo, companheiro, cumplice, boêmio nato, conhecedor da história de Olinda, Orador por natureza, um gentimam, desprovido de qualquer vaidade, humilde, mulherengo, profissional, uma sumidade de inteligência, politico de primeira linha, é dai pra cima que pode-se descrever João de Lima Neto. Mané messias definiria mais ou menos assim. Sei que aonde ele está ta fazendo sucesso e dando seu tapinha kkkkkkkk. é isso ai amigo João parceiro velho, amigo, e irmão. Beijão.
Postar um comentário