Aline Feirosa
Da equipe do Diario
Tomaram posse na tarde de ontem os 24 membros e 24 suplentes do Conselho Municipal de Cultura de Olinda (CMO). A solenidade ocorreu em clima de festa, com bonecos gigantes, orquestra de frevo, boizinho e vários artistas em frente à prefeitura. O CMO tem composição paritária - como sugere o Sistema Nacional de Cultura - e teve os membros da sociedade civil eleitos por cerca de 400 olindenses envolvidos com cultura na cidade, durante os dias 9 e 10 de outubro, no Mercado Eufrásio Barbosa. Os demais 12 membros compõem as esferas governamentais (municipal, estadual e federal), que ajudarão na discussão e deliberação das políticas públicas municipais, como a utilização da verba arrecadada pelo fundo municipal de cultura.
A primeira reunião dos conselheiros está marcada para 4 de dezembro, quando serão decididas as cláusulas do regimento interno do CMO e se o grupo será presidido por apenas um conselheiro ou por coordenadores, segundo informações de Antônio Monteiro (índio Boro), representante da sociedade civil - que compôs a mesa ao lado de autoridades como a prefeita Luciana Santos, o secretário de Cultura do Recife, João Roberto Peixe, e a delegada regional do MinC, Tarciana Portella. Para a prefeita, "parceiros fundamentais para a construção da política cultural da cidade por meio de um processo democrático".
Para o índio Boró, o conselho será um dos principais mecanismos democráticos da sociedade, que poderá dar prioridade às necessidades conjuntas. "Estamos em uma cidade onde existe o maior número de artistas por metro quadrado. E Olinda é ainda mais rica quando vamos à periferia. Poderemos reforçar trabalhos em locais como o Nascedouro de Peixinhos, Rio Doce, Cidade Tabajara, Nova Olinda, entre outras", sinalizou suas prioridades.
A maior parte dos conselheiros da sociedade civil faz parte do grupo de artistas e produtores que participaram da primeira Conferência Municipal de Cultura, em 2005. Naquele momento foi eleita a comissão que ajudou na elaboração da legislação doSistema Municipal de Cultura - que engloba, além do CMO, o fundo e a lei de incentivo do município - sancionado em maio deste ano pela prefeita Luciana Santos.
Entre os conselheiros da sociedade civil estão Huelkey Viana (música), Edy Valença (artes visuais), Amaro Ezequiel (carnaval) e Índio Boró (cultura popular). Entre os governamentais, Thalles Siqueira (MinC), Frederico Almeida (Iphan), Mônica Monteiro (Fundaj) e Bartira Ferraz (UFPE).
http://www.pernambuco.com/diario/2007/11/14/viver4_0.asp
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