Talvez esta seja a definição mais linear sobre o trabalho realizado pela Associação Espírita Lar Transitório de Christie (AELTC). E o começo dessa história? Há 30 anos, a professora Maria José Cabral deixou o bairro de Casa Amarela, mais precisamente, o Alto José Bonifácio para viver em Rio Doce, Olinda. No caminhão de mudanças pela poeira das ruas das Marin dos Caetés levou em seu coração um sonho: o de construir uma escola comunitária. Corações e mentes dispararam. As células cinzentas fervilharam na magia do tempo.
Sob a orientação e liderança de amigos espirituais na Doutrina Espírita, o casal José Vitorino Cabral Neto e Maria José Cabral, ambos falecidos, deram início ao Lar Transitório de Christie, entidade nascida do amor e, sobretudo, da reafirmação de afinidades não só conjugal mas também reencarnatório. No começo, mutirões foram organizados, campanhas e pedágios, recursos financeiros recebidos, através de solicitações, convites e chamados, irmãos e amigos deram as mãos. A entidade foi fundada no dia 10 de junho de 1979, em um terreno doado. O casal construiu o que se transformou em realidade.
Com recursos arrecadados, através de campanhas, colaborações e cooperações solidárias, o Lar avançou pela estrada do tempo, tornou-se um exemplo de cultivar o bem, do respeito, sem medo de ser feliz. Gerações passaram ao longo dos anos, educando e cuidando de cerca de 200 crianças de zero a seis anos e mais de 145 crianças/adolescentes de sete a quinze anos em jornada ampliada. Tudo isso em nome do amor próximo.
A cultura da paz, o respeito ao próximo, a questão de gênero, a luta contra todas as formas de exploração, violação de direitos e discriminação pautam as atividade cotidianas do Lar de Christie. “O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem possível, que desejaríamos que nos fosse feito. Tal é o sentido das palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros, como irmãos” (Alan Kardec – Livro dos Espíritos, resposta referente à pergunta 886).
O mundo precisa de pessoas que olhem para frente. O que de manhã parecia fora do alcance, pode ficar mais próximo à tarde se você continuar em frente. O tempo que você usar trabalhando com paixão e intensidade aproximará você do seu objetivo. Nesse sentido a instituição que completou 30 anos tem contribuído para o aprimoramento social, prestando serviços na área da educação formal e não formal, da saúde, da assistência religiosa, valorizando a pessoa humana, e integrando crianças, adolescentes e adultos na sociedade, sem distinção e discriminação.
O departamento Neo-Natal Irmã Josefa atende mulheres mães, gestantes adolescentes e adultas de famílias cadastradas orientadas por voluntárias e uma educadora capacitada no Programa Família Brasileira Fortalecida. Nos encontros semanais, temas como: a importância da família, o direito a vida, a maternidade integral, o mundo do trabalho e a fé religiosa bem orientada fazem parte da rotina de trabalho. A oficina “Mamãe com Artes “ desenvolve a produção de artesanato como fonte de ocupação e geração de renda, e de programas para solução de conflitos familiares: violência doméstica, abuso sexual e casos de drogas ocorridos nas famílias, além do respeito mútuo e ética. Lá, também, são realizadas atividades didático-pedagógicas, para crianças em idade pré-escolar e crianças em idade escolar têm o seu aprendizado acompanhado com reforço das atividades do seu currículo por monitoras treinadas em reciclagens e capacitações.
Em verdade, as crianças têm o direito de estar completamente seguras contra o medo, o pânico, a situação real ou potencial de abuso físico e emocional. O Programa de Adoção Fraterna estimula pessoas e famílias acolhedoras para receber as crianças em seus lares, colaborando através do apoio material, moral, espiritual e ou financeiro.
Durante os 30 anos de fundação foram conquistados resultados positivos e expressivos. No cuidar/educar, por exemplo vários desafios foram superados. Novas ações, novos atendimentos, bem como aumento do número de freqüentadores. No Lar Transitório de Christie, o exercício prático é fazer o bem, ver o ser humano como irmão (a) que, em muitas situações precisa de atenção, carinho e apoio. Isso faz a diferença. Os interessados em ajudar podem ligar para os telefones 3431-4775 ou 3491-0409. Ou ir ao Lar de Christie, na IV Etapa de Rio Doce, em Olinda.
Chico Carlos é jornalista
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Um comentário:
Adorei o texto, muito bem escrito, traduz a realidade da nossa casa e da nossa causa!!
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