domingo, 16 de agosto de 2009

Olinda: Homem acusado de atacar jovens é preso


O delegado Derivaldo Falcão disse que outras meninas deverão aparecer. Foto: Aline Moura/DP/D.A Press

FLAGRANTE // O serralheiro Adilson Lima, 42, foi pego ontem assediando uma adolescente

Adilson Napoleão de Lima, 42 anos, pai de duas filhas adolescentes, casado há 17 anos, serralheiro. A descrição do perfil não combina com os atos de Adilson e com sua prisão em flagrante por atentado violento ao pudor.

Mas quatro meninas de 14 a 17 anos contaram, ontem, em depoimento ao delegado de Rio Doce, detalhes de abusos que a família do serralheiro jamais gostaria de ouvir. Todas as acusações foram feitas depois de o serralheiro tentar atacar uma estudante de 14 anos, por volta das 7h, em plena Avenida Brasil, uma das mais movimentadas do bairro. Duro para os familiares pegos de surpresa e presentes no distrito policial. Mas um alívio para as garotas da 5ª etapa de Rio Doce, área de Olinda onde ele costumava atuar.

Adilson estava sendo procurado pela polícia e - segundo as outras meninas que foram reconhecê-lo depois de saber do caso da estudante -, vinha atacando em Rio Doce desde novembro do ano passado. Ele mora em Maranguape, em Paulista, e passava pela Avenida Brasil todos os dias para chegar aolocal de trabalho, onde exercia a profissão há sete anos sem ninguém desconfiar de nada. "Vamos indiciá-lo por atentado violento ao pudor (cuja pena vai de 6 a 10 anos) contra as quatro", ressaltou o delegado Derivaldo Falcão.

Chamado de "tarado" pelas adolescentes presentes na delegacia, Adilson não é acusado de estupro. Mas o delegado declarou que, além das quatro testemunhas menores de 18 anos de ontem, mais outras três devem aparecer para contar histórias semelhantes. "Teve uma das meninas que foi atacada quatro vezes por ele, enquanto outra sofreu esse mesmo tipo de abordagem três vezes", pontuou Derivaldo, acrescentando que o serralheiro costumava tocar as partes íntimas das adolescentes e, depois, mostrava o órgão genital.

Ontem, por pouco, Adilson escapou de ser linchando, depois de atacar a estudante e ser pego por populares nas imediações do Posto BR. A jovem se dirigia a uma parada de ônibus para ir à escola, quando foi abordada por Adilson de forma agressiva. Ele estava de bicicleta e costumavaagir justamente nesses horários de movimento, sem nunca ser descoberto. O alvo geralmente era meninas do Colégio Academia Universo.

O flagrante aconteceu porque, ao ser abordada por trás e ter as partes íntimas tocadas, Gisele começou a gritar "socorro, tarado, tarado". "Ela disse que teve tanto nojo que não conseguiu pensar se ele estava armado. Mas isso terminou ajudando. Ele não foi achado antes, porque as outras meninas ficaram caladas", relatou a mãe da garota, que terá o nome reservado em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

Choque - A esposa de Adilson, com quem vive há 17 anos, estava em estado de choque. Não chorava, quase não falava. Evangélica, ela dizia acreditar no marido. Acreditava, inclusive, que ele era inocente ou, no mínimo, agia por conta de problemas mentais. A mulher de Adilson (que pediu para não ter o nome revelado) garantiu que o marido nunca abusou das próprias filhas, nem das sobrinhas. Ela mostrou um atestado de invalidez do serralheiro e disse que ele só trabalhavapor não ter aposentadoria. O delegado, contudo, manteve os tramites legais e encaminhou o acusado ao Cotel. Ele explicou que a família precisará recorrer a um advogado ou esperar pelo defensor público. "No mínimo, o juiz submeterá o acusado a uma junta médica e ele será encaminhado ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Itamaracá".



Diario de Pernambuco



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