terça-feira, 31 de julho de 2007

Mãe vai denunciar PMs

A comerciária Rosângela Nunes Sarmento deve comparecer, hoje, à sede da Corregedoria de Defesa Social, no Espinheiro, no Recife, para formalizar a queixa de que dois policiais militares teriam sido responsáveis pelo assassinato do filho dela, o deficiente mental Marconi Floriano dos Santos, de 25 anos. O rapaz foi morto a tiros no bairro do Salgadinho, em Olinda, na madrugada do domingo.

Ele levou três tiros: um na nuca e dois nas costas. A ida ao órgão que avalia a conduta dos militares seria feita ontem, mas foi cancelada porque a comerciária estava muito abalada. Ela também achou melhor consultar um advogado para descobrir a como proceder no momento de registrar a ocorrência. Rosângela, apesar de não ter presenciado o assassinato, se mantém confiante na idéia de que os policiais - um sargento e um soldado - tenham cometido o crime. “Foi isso que as pessoas da comunidade viram e me contaram”, reafirmou.

Sob comoção e indignação, o corpo do jovem Marconi Santos foi velado e enterrado no Cemitério de Santo Amaro, no bairro de mesmo nome, no Recife, na manhã de ontem. Familiares e amigos se reuniram para se despedir do garoto assassinado em Olinda. No instante em que o caixão foi colocado na tumba, a mãe de Marconi externou sua emoção. “É, Marconi, chegou o teu adeus, o último momento. Fiz tudo de bom para ti. Você não vai ser esquecido por mim nunca. Um menino tão bom, que nunca fez mal à sociedade. Agora, só adianta pedir a Deus pela alma tua”, desabafou. As córneas do garoto foram doadas para transplante. Mas a Secretaria Estadual de Saúde revelou que, apenas hoje, saberá se elas são viáveis para o procedimento. Durante o sepultamento, um conhecido de Marconi disse que PMs apareceram na cena do crime anteontem. Ele acredita que para tentar intimidar a comunidade.

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