Mãe da garota denunciou o acusado encorajada pelos parentes
MARIANA SOARES
Nem o fato de ser pai de uma filha de 5 anos de idade teria impedido um ambulante, de 29 anos, de abusar sexualmente da enteada. Na época que a série de atentados teve início, a menina tinha 9 anos. Somente dois anos depois, a mãe da garota começou a desconfiar da proximidade da filha com o marido, com quem conviveu por três anos completos. Ele foi preso, na tarde da última segunda-feira, em um terminal de ônibus, no bairro de Jardim Fragoso, Olinda. Contra ele, havia sido expedido, há um mês, um mandado de prisão preventiva, pela juíza da comarca de Itamaracá, no Litoral Norte do Estado. O suspeito foi encaminhado à delegacia do balneário e, posteriormente, seguiu para o Centro de Triagem, em Abreu e Lima.
O ambulante confirmou os abusos. No entanto, de acordo com ele, a menina o procurava na intenção de se insinuar para ele. “Eu não cheguei a tirar a virgindade dela. Somente fazíamos sexo oral e a tocava”, detalhou. A filha do ambulante é fruto de um relacionamento anterior. Dizendo-se arrependido, o suspeito garantiu que já havia planejado entregar-se à polícia. “Sofri muito ao pensar que isso poderia ter acontecido com a minha menina”, completou. O acusado não vive mais com a companheira, mãe da garota violentada, desde quando a família da menina percebeu a agressão sofrida por ela. No entanto, ele contou que a mulher sabia que ele vinha mantendo relações sexuais com a criança. Para o delegado de Itamaracá, Guilherme Mesquita, a prisão do acusado representa a tranqüilidade da família da menina violentada. “Mesmo ele tendo ido morar distante, acredito que a mãe dessa garota e a própria vítima se sentiam ameaçadas”, considerou.
Aviso
Os personagens dessa matéria não podem ser identificados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que recomenda a preservação da identidade da vítima e respectivos familiares.
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