Dupla teria matado, com mais três homens, ex-sargento da PM e o filho dele
Danilo Tenório
A Delegacia de Homicídios apresentou, na manhã de ontem, dois homens acusados de terem assassinado, após uma tentativa de assalto, na noite da Quinta-Feira Santa, o sargento reformado da Polícia Militar e comerciante Djalma Vicente de Castro, de 50 anos, e o filho dele, Eligreyciano Vicente de Castro, de 17 anos. O crime aconteceu em Peixinhos, no município de Olinda. Glebson Amorim Barbosa, o Índio, e Gutemberg Leão Ribeiro, o Berg, ambos de 22 anos, se entregaram espontaneamente na última terça-feira. Outras três pessoas suspeitas de participar da ação criminosa estão foragidas: Jean Carlo Barbosa de Lima, de 22 anos, um homem identificado apenas como Wilton - ou Milton - e um adolescente de 17 anos.
De acordo com investigações coordenadas pelo delegado Humberto Ramos, a quadrilha decidiu assaltar o comércio mantido pelo policial, uma peixaria, depois de observar a intensa movimentação do local durante a véspera da Semana Santa. Gutemberg, diz a polícia, chegou ao local e ficou conversando com o ex-sargento, do lado de fora do estabelecimento, onde ele costumava ficar durante o fechamento. Jean e Wilton rondavam a peixaria em uma bicicleta para avisar caso a polícia passasse pela área. Nesse momento, o menor de idade e Glebson anunciaram o assalto. Djalma reagiu. “Glebson saiu do estabelecimento e atirou contra o ex-sargento, que caiu no chão. Ao ver o pai ferido, Eligreyciano saiu da peixaria e também foi baleado”, explicou o Humberto Ramos.
O policial reformado e seu filho foram levados para o Hospital da Restauração (HR), no Derby, mas não resistiram aos ferimentos e morreram. Na ocasião, o revólver calibre 38 do ex-sargento foi roubado pelos criminosos. As armas de fogo foram encontradas dentro de uma bolsa na residência da companheira de Glebson, localizada na comunidade do Coque, bairro de São José. Segundo o delegado, apesar de o criminoso negar a participação da companheira no crime, ela também será investigada.
APRESENTAÇÃO
Glebson e Gutemberg se apresentaram à sede da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos com a alegação de que estariam sofrendo ameaças de morte. O delegado Valcir Martins, titular da Delegacia de Homicídios, desmentiu a versão. “Não há nada que comprove essa informação. A polícia estava atrás deles desde o acontecimento. Eles deviam estar com receio de serem presos e se apresentaram”, acredita. Eles foram para o Centro de Triagem.
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