segunda-feira, 8 de junho de 2009

Editorial do Jornal do Commercio: Favelização em Olinda

Quase diariamente, vemos na imprensa declarações e referências de representantes dos poderes públicos tendo como assunto os negócios relacionados ao turismo e seu papel no desenvolvimento de Pernambuco e sua capital. As autoridades e assessores ligados ao turismo também costumam viajar pelo mundo inteiro para divulgar as oportunidades de investimento no setor em nosso Estado. Supõe-se que nesse turismo, digamos, funcional, tenham ocasião de ver e anotar o que fazem outros países, até menos desenvolvidos que o nosso, no sentido de incrementar esse meganegócio, que eles costumam chamar trade turístico (a expressão inglesa dá status).
O resultado dessas declarações teóricas e dessas andanças é, temos de confessar, pífio. Nosso negócio turístico avança, se assim podemos dizer, a passos de cágado ou jabuti, na era dos supersônicos, da internet, do crédito fácil, da sempre crescente movimentação de pessoas pelo mundo todo, com direito a turismo extraterrestre.

A infraestrutura turística até que progride quanto a bons hotéis, restaurantes e atrações de lazer, algumas boas agências e outros serviços. Mas emperra lamentavelmente quanto a ligações rodoviárias, por exemplo. Estradas mal-conservadas, reparos intermináveis. As ferrovias para passageiros foram arquivadas, por governantes sem visão, devido ao lóbi rodoviário, enquanto na Europa e Estados Unidos viaja-se para toda parte em ótimos trens. Quanto a nós, ficamos sem trens e também sem boas estradas e transportes públicos. É andar para trás.

O imenso e precioso acervo histórico e artístico que possuímos não é bem conservado. Obras de restauração se eternizam. Sítios históricos e outras atrações, como as da orla marítima, não recebem o devido tratamento quanto a limpeza, higiene e boa urbanização. Além do mais, nem Estado nem prefeituras cuidam da preservação ambiental, do equilíbrio ecológico. Praias são privatizadas. Construções avançam quase até o quebrar das ondas. A flora nativa é sistematicamente destruída nos loteamentos. Uma praia ainda muito procurada, que é Porto de Galinhas, não consegue concluir obras de saneamento iniciadas há anos, o que causa transtorno e fedentina.

Abordamos hoje especificamente o que se passa no Sítio Histórico de Olinda, cidade que ganhou da Unesco o título de Patrimônio Cultural da Humanidade em 1982, mas é frequentemente ameaçada de perdê-lo por não cuidar adequadamente de seus monumentos. Em recente reportagem, o Jornal do Commercio mostrou como vias públicas do Sítio Histórico se transformaram em moradia de sem-teto e mendigos, que ali moram, cozinham, lavam e estendem roupas, fazem suas assim ditas necessidades fisiológicas, se divertem e até praticam sexo a céu aberto e em plena luz do dia.

Nossa reportagem trata especialmente das Ruas Henrique Dias e Coronel João Lapa, no Varadouro, cujos moradores denunciam a favelização da área, que inclui a praça onde funcionava o Cine Duarte Coelho. Eles se queixam ainda de brigas e dizem que até um assassinato já ocorreu por ali. Certamente não podem impedir essa favelização sozinhos. Mas cadê o poder público? O que diz a prefeitura?

As galerias pluviais foram desobstruídas antes do Carnaval, mas já estão entupidas de novo pelo lixo dos que vivem na rua. Eles precisam de assistência e amparo do poder público. O Centro Especializado de Assistência Social da PMO reconhece o problema, mas alega que não pode tirar as pessoas da rua a força. Existe uma República para a População de Rua, no Jardim Atlântico, para receber e ressocializar os moradores de rua. Mas, segundo informam responsáveis, essas pessoas passam por lá e voltam às ruas.

Alguns até recebem benefício de programas sociais. E há um grupo religioso que distribui sopa e colchões, o que é censurado pelos que habitam aquela área, que ponderam que isso piora a situação. Alimentados, os da rua passariam o dia bebendo e prejudicando quem ali reside. Qualquer que seja o ponto de vista adotado, o certo é que o turismo sai perdendo com a favelização do Sítio Histórico.


Publicado em 08.06.2009

domingo, 7 de junho de 2009

Olinda: MARCELO SOARES diz que ainda não dá para julgar Ula


Presidente da Câmara aguarda ação

BEATRIZ GÁLVEZ

A Câmara Municipal de Olinda preferiu não se posicionar quanto ao caso de desvio de R$ 256 mil da última gestão municipal, denunciado anteontem pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), cujo principal envolvido é o vereador Ulisses Luna (PCdoB), o Ula. Segundo o presidente da Casa, Marcelo Soares (PCdoB), o procedimento será esperar uma melhor definição do cenário judicial para poder se pronunciar. “Nosso procedimento é de muita cautela. Vamos esperar o processo ser de fato instaurado, e aguardar a defesa dele, antes de qualquer coisa”, avisou.


Conforme disse Marcelo, o procedimento legal ainda não foi devidamente instaurado, se tratando mais de uma recomendação do MPPE. “O fato ocorrido não foi com o vereador. Foi com cidadão Ulisses. Não podemos julgar uma pessoa, o processo nem está aberto ainda. A Câmara não tem outro procedimento a tomar”, explicou o comunista.


Mais uma vez a reportagem tentou entrar em contato com Ulisses Luna, sem nenhum sucesso. Correligionário de Ula, Marcelo também está tentando entrar em contato sem sucesso, desde anteontem. “Acho que só vou vê-lo na sessão ordinária da próxima terça-feira”, concluiu Soares.


Conforme a ação movida pelo MPPE, Ulisses seria o mentor de um esquema de fraude, envolvendo a Associação de Amigos e Moradores de Ouro Preto (Amop). A entidade teria a responsabilidade de realizar e divulgar eventos com verba repassada pela Prefeitura, durante a gestão de Luciana Santos (PCdoB). Porém muitos dos serviços sequer eram realizados, e o dinheiro ficaria com o vereador. Além de Ula, são citados atuais secretários e ex-secretários do município. Neste caso, por liberarem os recursos desviados. A Prefeitura continua sem querer se pronunciar.


Folha de Pernambuco

Olinda: Dia Municipal do Coco de Roda


A Câmara Municipal de Olinda aprovou o projeto de lei que cria o Dia Municipal do Coco de Roda, de autoria do Vereador Junior Leite(PT). O dia 20 de Junho ficou instituído para comemorar a data, que deve entrar no calendário das comemorações do município e colocar a dança como patrimônio da população olindense.

O projeto, além de homenagear os chamados coquistas (integrantes que cantam e dançam o coco) e lembrar nomes como Aurinha do coco (foto) e Selma do coco, pretende integrar ações das secretarias de cultura, educação e turismo para a promoção da tradição local. O coco de roda, bastante difundido na cidade, pode ser encontrado em diversos bairros como Amaro Branco, Guadalupe, Bultrins, entre outras localidades, que fazem, de forma independente, comemorações e mantém viva esta dança secular.


.

Olinda: Depredados e sem policiais, núcleos de segurança são alvo de queixas

População vizinha aos núcleos e PMs denunciam a falta de estrutura e a insegurança

Da Redação do pe360graus.com

Não é nada fácil para uma vítima de violência precisar da polícia e não encontrar ajuda. Para quem mora perto dos núcleos de segurança comunitária, essa situação é frequente. Quando foram criados, os núcleos deveriam aproximar a polícia da população. A realidade, porém, é outra.

Falta estrutura nos prédios. Em Jardim Atlântico, em Olinda, o policial militar chega para trabalhar e senta numa cadeira quebrada, usa um banheiro com infiltração e corre o risco até mesmo de levar um choque por causa das más instalações elétricas.

No núcleo de Águas Compridas, ainda em Olinda, um policial confessa. “Pra ser sincero só tem luz. A parte hidráulica não tem”. Os armários estão apoiados com tijolos. “Só temos aqui telefone. O armamento é nosso. Tem uma proposta de armar a gente com armamento do Estado, mas, até agora não chegou nada pra gente não”, diz outro PM.

Se forem pedir soccorro, os moradores voltarão sem ajuda. “Só ficam esses PMs aposentados, coitados. Eles vão atrás de bandido? E se chegar lá pedindo socorro, eles não vão sair por que está sozinho [no núcleo] e não tem viatura”, diz o gerente de um mercadinho vizinho ao núcleo, Givaldo Manoel da Silva.

No Cabo de Santo Agostinho não existem nem policiais militares tomando conta do prédio do núcleo, que fica atrás do mercado público da cidade. De acordo com os moradores, o lugar usado por criminosos e viciados em drogas.

Por coincidência, no dia em da reportagem, a Polícia Militar apareceu para tirar fotos do núcleo abandonado no Cabo. Os PMs, porém, não souberam dizer, ao certo, para que as fotos seriam usadas. “É só um levantamento. Recebemos a ordem pra fazer um levantamento dos núcleos do batalhão, possivelmente para melhorias”, afirmou o capitão Alexandre Leite.

O presidente da Associação de Cabos e Soldados, Renilson Bezerra, afirma que o Governo de Pernambuco gastou 12 milhões na construção de 55 núcleos de segurança comunitária na região metropolitana e no interior do estado. Atualmente, onze funcionam.

Para denunciar o caso, a associação entregou em 2008 ao Ministério Público um relatório apontando as condições de trabalho nos núcleos de segurança. Passado de um ano, porém, os policiais não tiveram nenhuma resposta. A equipe do NE TV procurou Ministério Público para saber sobre o andamento da ação civil pública da associação, mas o promotor responsáve, Westei Conde Y Martin Junior, não se pronunciou.

Para o major Leonardo Tavares, assessor de comunicação da PM, a questão da reforma dos núcleos não é atribuição da polícia. “O núcleo, que precisa de uma reforma, passa por questão de licitação que não depende da polícia. A polícia não pode cuidar dos núcleos. Tem que ter verba para a manutenção“, disse.


.


Acesse: www.olindaurgente.com.br
no Portal O Nordeste.com: www.onordeste.com

.

Melhora estado de saúde de menina envenenada com chocolate em Olinda

pe360graus.com

RECIFE - A menina vítima de envenenamento com bombons de chocolate em Olinda, na região metropolitana de Recife, teve uma melhora no estado de saúde durante esta madrugada. De acordo com o Hospital Memorial São José, em Recife, R.M.O.S., de 11 anos, ainda está em coma induzido, mas responde bem aos medicamentos.

O hospital informou que garota, ao dar entrada na unidade, recebia medicação a cada 15 minutos. Durante a madrugada, este intervalo foi ampliado para uma hora, o que evidenciaria a melhora no estado de saúde da menina, que ainda é grave.

R. foi envenenada na noite da última quinta-feira ao ingerir chocolates contaminados que foram enviados pelo correio à mãe dela, Cristiane Maria Oliveira Araújo, 35 anos. Na caixa de bombons não havia identificação do remetente.

De acordo com a polícia, a mãe da garota teria desconfiado da encomenda e pediu à filha que não comesse os chocolates, mas a menina teria a desobedecido. Pouco depois de ingeri-los, a criança passou mal e foi socorrida para o Hospital Prontolinda, onde permaneceu internada até a noite desta sexta-feira, quando foi transferida para a UTI pediátrica do Memorial São José.

Algumas testemunhas prestaram depoimento na madrugada desta sexta-feira, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), inclusive os pais da criança. Cristiane Maria disse que não tem desentendimento com ninguém e não imagina quem poderia ter enviado a caixa de chocolates.

.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

MPPE aciona vereador e secretários de Olinda

Deu no Blog do Magno Martins - 04/06/2009

Desvio de dinheiro público do município de Olinda levou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) a dar entrada em uma ação civil por ato de improbidade administrativa contra o vereador de Olinda Ulisses dos Santos de Luna, conhecido como “Ula”, e mais oito pessoas, dentre elas dois secretários e dois ex-secretários do Município, além da Associação de Amigos e Moradores de Ouro Preto (Amop) e o escritório de contabilidade Luna Assessoria Empresarial Ltda, pertencente ao vereador.

Por meio de um esquema fraudulento, o vereador recebeu pessoalmente da Prefeitura a quantia de R$ 256 mil por serviços teoricamente prestados pela Amop e pela empresa ao Município. As irregularidades aconteceram na gestão passada da Prefeitura. A ação é assinada pelos promotores de Justiça Allana Uchoa de Carvalho (patrimônio público) e André Felipe Barbosa (fundações e entidades). Esta ação é resultado das investigações iniciadas pelo MPPE a partir de uma denúncia anônima. A pedido do Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado está realizado uma auditoria especial relativa ao caso.

Ulisses dos Santos Luna recebia o dinheiro como procurador da Amop – a procuração em seu nome, aliás, foi assinada pelo presidente da entidade, Fábio Baltar, no mesmo dia em que tomou posse. O próprio Ulisses redigia expedientes às secretarias de Comunicação; Patrimônio, Ciência, Cultura e Turismo; Educação e Desporto; e à chefia de gabinete da Prefeitura solicitando verba para realização ou divulgação de eventos.

Além do vereador Ulisses do Santos, o Ministério Público também está processando: Hildernando Ferreira de Souza, promotor de eventos; Fábio Leonardo Caraciolo Baltar, presidente da Amop e presidente penitenciário; a ex-secretária de Comunicação de Olinda, Renata Stadtler; a atual secretária de Patrimônio e Cultura, Márcia Souto (no cargo desde a gestão passada), e o mais um ex-titular da pasta, Antônio Alves; a atual secretária de Educação, Leocádia da Hora (também no cargo desde a gestão passada); o ex-chefe de gabinete, Gilson Barbosa de Souza; e ainda a Amop e a Luna Assessoria Empresarial.

http://www.blogdomagno.com.br/

Olinda: IV Tabajara Underground