A VIDA EM PERIGO CONSTANTE. DESLIZAMENTOS DE BARREIRAS. LIXO. RUAS E AVENIDAS ESBURACADAS. ESTA É A VIDA REAL DE ÁGUAS COMPRIDAS, IMPORTANTE E POPULOSO BAIRRO DE OLINDA, MAS ESQUECIDO PELAS AUTORIDADES MUNICIPAIS
Sr. Raimundo mandou fazer as canaletas com o dinheiro da aposentadoria. Foi a única saída que encontrou para garantir o escoamento das águas
Canaleta virou escorrego
A antiga Avenida Pirâmide virou um gigantesco buraco
O que restou do tanque de lavar louça e da fossa da casa de Sr. Alexandre
A convivência com o perigo: Sr. Alexandre o filho
A medida provisória das lonas
Uma pedra no meio do caminho de Sr. Alexandre
Sr. Alexandre
Sr. Alexandre retirando o barro que sempre invade sua casa quando chove
Avenida Pirâmide foi tragada pelas águas
O que restou da Avenida Pirâmide
Subida da antiga Avenida Pirâmide
Lixo acumulado por falta de remoção
Estrada de Águas Compridas
Moto destaca buraco da Estrada de Águas Compridas
Grande buraco na Estrada de Águas Compridas
Fomos visitar Águas Compridas e quando lá chegamos nos deparamos com uma realidade de muita dor para os moradores dessa comunidade. Muito lixo por todos os lados. Na pista local, os motoristas driblam o asfalto em meio a tantos buracos. No momento em que estávamos fotografando, passou um cidadão com uma moto e a mesma estancou dentro do buraco. “Absurdo” ele esbravejou!!!
O que mais nos chamou atenção foi a Av. Pirâmide que foi completamente engolida pela força das águas. Um morador local, indignado com a atual administração de Olinda o Sr. Alexandre Silva de Oliveira nos levou para conhecermos sua casa, que está a beira de um abismo de mais de 20 m de um lado e a ponto de ser engolida por uma enorme barreira do outro lado. Também nos mostrou que a prefeitura havia passado por lá e feito uma marcação no terreno, mas depois disso, não voltou mais ao local.
Um outro morador, o Sr. Raimundo, tirou do próprio bolso e dividiu no cartão de crédito a quantia de R$ 750,00 (tesecentos e cinqüenta reais) para comprar o material e fazer umas canaletas para escorrer a água e não perder de imediato sua casa. Tal quantia em dinheiro faz falta no orçamento mensal do Sr. Raimundo e de sua família.
O Sr. Alexandre entrou no buraco com Tarciana e Augusto César e seu filho pequeno o acompanhou. Ficamos apavorados, mas ele disse: “ele já está acostumado”. Depois fotografamos a criança brincando em meio a tantos destroços e quando já estávamos nos despedindo, mais uma vez flagramos a criança brincando de escorrego na canaleta feita por Sr. Raimundo.
Sr. Alexandre, Sr. Raimundo e respectivas famílias e vizinhos não dormem durante a noite, principalmente no período de chuvas, esperando o momento de ter que desocupar suas casas para não morrerem soterrados.
Fica aqui a indignação nossa, mas principalmente de Sr. Alexandre que dirigiu a seguinte pergunta a prefeita de Olinda: “Aqui mora ser humano ou só na beira mar de Olinda???”(Alexandre Silva de Oliveira)
Augusto César
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