Gente de Olinda: Jorge Di Farias - O cotidiano em cores tropicais

DALTON TORRES

Pintando em suas telas o cotidiano, o folclore nordestino, os eventos, movimentos e situações que passam quase despercebidos pelos olhos das pessoas na correria do dia-a-dia, o pintor pernambucano Jorge Di Farias pode ser definido como um artista da cor do sol tropical. “Minha arte resulta da junção de várias tendências, tem muito do cubismo, do expressionismo, até do impressionismo, e sofre uma forte influência do escorço, escola mexicana que evidencia a perspectiva oblíqua. Também sofro uma forte influência do mangá japonês, do cartoon e do grafite”, revela o artista, praticante de artes marciais durante 15 anos, o que pode ser observado na pintura dele.

Di Farias trabalha com tinta acrílica sobre tela, e recorre à pintura sobre colagem. Como ferramenta, usa pincel, espátula, texturas e até os dedos para obter efeitos bem ao estilo dele. Nas telas, a predominância do amarelo ocre, brilhante, “isso por conta da luminosidade característica do nosso Nordeste, esse clima tropical, o calor humano e o do sol”, completa.

Leitor da Folha de Pernambuco, o artista presenteou o jornal com uma obra especialmente criada por ele para o evento dos dez anos. “Essa data é importante e merece registro. Inspirei-me no mapa de Pernambuco e nele apliquei várias matérias do jornal. E sobre a pintura, pintei o cotidiano, esse movimento urbano frenético do nosso Recife que tão bem é retratado pela Folha. Dentro do mapa, destaquei o dia 3 de abril, enfatizando o número 10 no centro”, explicou.

Premiado internacionalmente, Di Farias estudou pintura no Recife e em Paris, com trabalhos em 25 países e 82 exposições na França, Bélgica, Inglaterra, Alemanha e Portugal. Entre os prêmios, a Master Medalha de Ouro do Salão de Arte de Londres. O ateliê está instalado na rua Bernardo Vieira de Melo, 151, no Sítio Histórico de Olinda.

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DI FARIAS

O destino artístico do recifense, nascido em 17/04/69, Jorge Di Farias, foi traçado na infância, desde quando admirava embevecido o vai-e-vem dos carnavais de Olinda. No desejo de imortalizar paisagens, personagens, expressões folclóricas, atrelando o cotidiano do povo, já se vão mais de 15 anos em que o interesse pela arte regionalista o acompanha.
Início

Tudo começou quando, aos seis anos foi morar em São Paulo. Começou a desenhar e os professores o incentivaram a fazer trabalhos artísticos, em cartolina, para a escola. Desde muito cedo demonstrou interesse pela arte e em 1988 começou a pintar. "Guardei meu primeiro trabalho, o segundo vendi para os Estados Unidos, e daí passei a respirar arte. Fiz Curso de História da Arte, estudei a análise e o trabalho dos impressionistas, principalmente Van Gogh".

O Artista

Com apenas 35 anos, Di Farias é um verdadeiro Mago da Pintura. É autodidata, fez Desenho na Escola de Belas Artes "Aluízio Magalhães" em Recife e estudou Pintura na galeria Meier le bian em Paris. É Professor do Senac, dá aula de teoria da cor, forma, harmonia e estética no Curso de Estilismo. Mantém seu ateliê localizado no Carrefour Boa Viagem, onde desenvolve as pinturas expressionistas mais apreciadas por quem entende do assunto.

A Obra

Suas obras refletem interação de fé, trabalho e criatividade, com pureza, de forma plena e objetiva. Suas telas são procuradas e colecionadas pelos marchands e os chamados fanáticos das artes, fazendo parte de coleções importantes. Quando cria quadros com motivos folclóricos, os desenhos são feitos de uma maneira especiais e de belezas estonteantes , são enriquecidas de cores vivas e luminosas, uma mistura de realismo expressionista e poética mista. A sua arte mostra a difusão de elementos do comportamento humano com a cultura de crença dos povos, as luzes emitidas por essas pessoas e suas vivências. Suas telas mostram profundamente a esperança e os íntimos sentimentos de cada pessoa que vê seus quadros.

Exposições

Jorge Di Farias já fez 62 Exposições em toda parte: 12 individuais, vários salões, leilões e coletivas, no total de 82 exposições e 12 prêmios (entre eles o primeiro lugar no salão de arte da Inglaterra). Seus quadros estão em 25 países de 5 continentes: Argentina, Chile, Estados Unidos, Canadá, República Dominicana, Guiana Francesa, Portugal, Itália, França, Bélgica, Noruega, Suíça, Dinamarca, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Espanha, Grécia, Austrália, Fillipinas, Timor Leste, África, Hong Kong, Coréia e Japão.

Prêmios

Troféu Ouro no Salão de Artes UNICAP - 2000.
Medalha de Bronze no Salão de Artes Aeronáutica - 2001.
Medalha de Ouro no Salão de Artes FETEAPE - 2001.
Prêmio Museu do Trem REFASA - 2002.
Medalha de Ouro Salão do Exército - 2003.
Troféu Ouro Jornal Surubim - 2003.
Menção Honrosa Brazilian Fine Art’s - 2003.
Medalha de Prata Salão do Exército - 2004. Troféu Ouro Jornal Surubim - 2004.
Medalha de Ouro Salão Taborda - 2004.
Troféu Ouro Terra da Gente - 2004.
Máster Medalha de Ouro Salão de Arte de Londres - 2005.
Premio Salão Arte Brasileira do Exército - 2006.

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