segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Perigo na Avenida Carlos de Lima Cavalcanti




Olinda, 30 de Setembro de 2007

Ao (À) leitor(a) desta carta, as devidas saudações.

Sou morador de Olinda, Pernambuco, minha naturalidade também é desta cidade e moro aqui há mais de 21 anos.

Sou estudante de Ciências Sociais pela UFPE.

O motivo desta missiva é senão simples: narrar brevemente um problema ocorrido à minha pessoa e reivindicar, aos órgãos e às pessoas responsáveis, uma devida providência.

Ao dia 23 de Agosto deste ano, por volta das 23:00, eu saí de uma determinada localidade, em Recife, para minha residência (ou seja, vinha no sentido Recife-Olinda).

Aproximadamente às 23:30 encontrava-me eu na Av. Carlos de Lima Cavalcanti, na altura do início do Hiper Bompreço Olinda.

Ocorre que, nessa mesma altura, há nessa via uma propriamente dita “anomalia” – um desvio-de-curso que a pista apresenta, cujo ponto de início situa-se em um atual cano de metal que outrora (sendo mais exato, durante alguns poucos meses após a conclusão das reformas dessa referida avenida e a inauguração do centro de compras) foi um semáforo... destruído totalmente (afora esse cano) por vias da batida de um carro contra o mesmo.

Não conduzi o carro pelo “desvio” que a pista apresenta – e que entretanto não é sinalizado, e nesse ponto já adianto a única, e da qual não abrirei mão, reivindicação – e terminei entrando com o carro por sobre o início desse calçamento divisório, justamente na região de início onde há esse “resto deixado” de semáforo.

Por sorte, queira dizer por reflexo rápido meu, por conta da relativa baixa velocidade com que eu vinha, não capotei com o meu carro.

Creio que muitos outros carros o teriam.

Não me deterei muito em explicações.
O que posso dizer é que, apesar de eu “ter a vantagem” de ser morador de Olinda (o que, somente por isso, já configura a situação como absurda) e que por conseguinte tinha conhecimento de que existia essa anomalia, essa “situação” mal-estruturada nesse ponto... na referida ocasião, faltou-me justamente a lembrança de ser morador daqui, faltou-me a “vantagem”, e o acidente ocorreu.

Desde o término da reforma da avenida sabia eu que havia algo de errado nessa construção, e que era necessário, ao mínimo, uma sinalização eficiente para alertar sobre esse desvio que ocorre.
E quem não é morador?

Quem não está “acostumado”?

Quem vem como turista, como transportador de cargas, quem vem a trabalho?

A verdade é que uma determinada “lógica psicológica” do trânsito, ou de uma via, configura na mente dos motoristas que as vias em processo reto seguem-se em linha reta... a não ser que haja alguma indicação como “estreitamento de pista” ou “passagem obrigatória”.

Não obstante a alta quantia gasta pelos serviços feitos no carro e o muito tempo dispensado para resolver esse problema, repito: não venho, por meio desta carta, requerer algo a mais – como algum tipo de indenização, posto que se assim fosse os meios não seriam estes – que não a devida sinalização do local.

No livro “Está Escrito – Livro do Trânsito: orientações ao candidato a condutor e motociclista”, edição de 2004, à página 6, do capítulo “Sinalização”, está escrito sobre as Placas de Regulamentação, que “Têm por finalidade informar aos usuários as condições, proibições, obrigações ou restrições no uso das vias.(...)” .

A placa adequada (sendo luminosa, é óbvio, pois o problema in factu é à noite) é que tem a imagem acima:

No mesmo livro citado, a legenda desta placa indica: “R-24b - PASSAGEM OBRIGATORIA - Determina ao condutor que a passagem obrigatória é feita pela direita de algum obstáculo [grifo meu] Nas oficinas por que passava, comentando e reclamando de minha desventura ocorrida, muitas foram as pessoas que pronunciaram frases como: “aquele lugar é horrível mesmo. Tu é o sexto que já leva uma batida naquele canto”, ou “tivesse foi sorte. Teve um homem que bateu direto no poste, um outro até capotou...” e variações de histórias que no fundo somente me contavam o que eu já sabia: em um local mal-estruturado como o referido, muitos já foram os que sofreram algum tipo, mais ou menos grave, de acidente.

Desconheço se alguém já faleceu por ocasião de acidente em tal localidade, ou se alguém ficou com algum tipo de seqüela, mas espero sinceramente que não. Para evitar futuros problemas públicos, tragédias, É IMPERATIVA A IMPORTÂNCIA E A URGÊNCIA em se realizar tal ato, que eu creio veementemente seja um tanto simples: encomendar uma placa e erguê-la no local...

Afinal, o custo de obras do Hiper Bompreço Olinda deu-se na faixa de R$ 40 milhões de reais; quando há de se tratar da segurança do trânsito dessa mesma cidade, a colocação de uma ínfima placa não seria viável?

Concluo este meu texto reafirmando que o único motivo da existência desta carta, está no fato de tal denúncia não ser, de modo algum, de importância menor: baseia-se no fundamento da EXIGÊNCIA, única e de fato simples, que faço acerca de que ponham a devida sinalização luminosa para alertar aos motoristas, à noite principalmente, dessa anomalia na pista.

Em as autoridades cabíveis não realizando tal pleiteio, ressalto que por conseguinte não me sentirei, pelo menos, um pouco mais pleno em meu exercício, direito e dever de cidadania, legítimo, que possuo.

Não aceitarei resignado tal, e continuarei exercendo as devidas forças de pressão.

Espero muito uma resposta, breve e eficaz, à demanda solicitada.

Gostaria de pedir também a gentileza de responderem a esta carta minha.

Muito agradecido fico, estando certo da atenção dispensada e da atitude ativa perante o problema que trago por meio desta.

Henrique Toscano Siebra Brito.

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