Os beneditinos expuseram ontem uma das mais belas peças sacras do Mosteiro de São Bento de Olinda. O crucifixo de madeira do século 18 pôde ser visto pelos fiéis que lotaram a igreja depois da missa de ação de graças às 10h. A celebração foi de agradecimento pelo retorno da imagem, que havia deixado o Brasil em agosto de 2006 e retornou no mês passado. Nesse tempo, a peça foi exposta em museus dos Estados Unidos e do México.
A imagem fica no coro da Basílica de São Bento. "Um lugar restrito aos religiosos do mosteiro", explica o abade, dom Felipe da Silva. A peça, que retrata Cristo coberto de chagas, possui 4,45 metros de altura por 3,65 metros de largura. E está apoiado numa base, com um dossel e duas colunas. Essa estrutura chama-se baldaquiano, que forma uma moldura com 6,30 metros de altura e 3,65 metros de largura.
Restaurado pela empresa Grifo Diagnóstico e Preservação de Bens Culturais, o crucifixo participou da exposição The Arts in Latina American 1492-1820, no Museu de Arte da Filadélfia, nos Estados Unidos. A exposição aconteceu de 14 de setembro a 31 de dezenbro de 2006. Ele seguiu depois para o Colégio de San Ildefonso, Cidade do México, no México, onde permanaceu de 6 de fevereiro a 24 de julho deste ano. E antes de voltar a Pernambuco, a peça pode ser vista no Museu de Arte do Condado de Los Angeles.
Ao chegar ao Brasil, contou a restauradora Pérside Omena, o baldaquiano com crucifixo não foi retirado de imediato das caixas. Foi preciso esperar um tempo para a aclimatização. A peça do século 18, segundo historiadores, teris sido confeccionado por José Gomes de Figueiredo, considerado o autor do altar-mor da Basílica de São Bento. E a recente restauração foi paga pelo Museu de Arte da Filadélfia em troca de tê-la na exposição.
http://www.pernambuco.com/diario/2007/12/24/urbana4_0.asp
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