O monge beneditino dom Geraldo Wanderley celebrou a missa de corpo presente, durante o velório do contrabaixista Toinho Alves, um dos criadores do grupo pernambucano Quinteto Violado, que aconteceu nesta sexta-feira (30), no Palácio dos Governadores, sede da Prefeitura de Olinda, no Grande Recife.
Durante a cerimônia, o amigo Marcelo Melo, companheiro das aventuras musicais do Quinteto, leu um poema enviado pelo poeta popular Jessier Quirino. Todos estavam muito emocionados e lamentavam a partida do instrumentista, perda inegável para a música brasileira.
Ao fim da missa, o corpo de Toinho Alves foi levado para o cemitério Parque das Flores, no Recife, onde foi sepultado.
A MORTE
Toinho Alves foi encontrado morto em seu apartamento, em Candeias, no final da manhã da última quinta (29). Familiares tentaram entrar em contato com ele por telefone, durante a manhã, mas as chamadas não foram atendidas.
O filho Dudu Alves, também músico do Quinteto, tinha a chave da casa do pai e resolveu procurá-lo. Toinho foi encontro morto na varanda do apartamento. A causa da morte, confirmada no atestado de óbito, foi enfarto, por volta das 23h30 da quarta-feira (28).
De acordo com informações do site oficial do Quinteto Violado, Toinho Alves era natural de Garanhuns, cidade do Agreste pernambucano, e tinha 64 anos. Antes de abraçar a carreira musical, foi engenheiro químico no Recife, mas o palco o conquistou de vez no início dos anos 1960. Foi nessa época que entrou no conjunto vocal Os Bossa Norte, onde conheceu Marcelo Melo, parceiro futuro no Quinteto Violado, que veio ao mundo em 1971.
O Quinteto surgiu com a proposta de misturar elementos eruditos e populares, fazendo uma música que não desvirtua nenhuma de suas origens e resulta numa rica combinação rítmica. A pesquisa musical e a vivência dos instrumentistas forjou o repertório do grupo desde então. Toinho era o responsável pela coordenação musical dos arranjos, repertório, produção artística dos discos e direção musical dos espetáculos.
da Redação do pe360graus.com
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