A família da corretora de seguros Taciana Barbosa de Carvalho, de 32 anos, vai realizar uma passeata na próxima sexta-feira (11), em Olinda, para marcar os dois meses de seu desaparecimento. Ela desapareceu grávida de oito meses no dia 11 de maio, domingo do Dia das Mães.
A passeata está marcada para as 15h e vai partir da Praça Pedro Jorge, em Olinda, até o terminal de ônibus do bairro Rio Doce, onde a corretora teria sido vista pela última vez.
Para a família, a passeata pode estimular alguma testemunha do crime a falar. O principal suspeito do desaparecimento de Taciana é um policial militar, com quem ela mantinha um relacionamento e que seria o pai do bebê. Ele está preso.
A mãe da corretora, Fátima Barbosa, afirmou ao G1 que a família já perdeu as esperanças de encontrar Taciana viva. “Não tenho mais esperanças, mas quero encontrar pelo menos o corpo dela para fazer um enterro digno. Tenho fé de que vou encontrar do jeito que ela estiver. A possibilidade de achar minha filha viva é remota”, diz.
Segundo Fátima, além do desaparecimento de Taciana, a família sofre por não estar perto do neto. “Meu neto já estaria com quase um mês e acho que nunca poderei conhecê-lo. É um sofrimento terrível”, afirma.
Por ter uma gravidez de alto risco, Taciana tomava remédios diariamente. Desde seu desaparecimento, ela teria parado de tomar o medicamento.
Suspeito continua preso
O delegado Derivaldo Falcão, que investiga o caso, disse ao G1 que o policial militar suspeito do desaparecimento está preso e não há previsão para sair. Segundo Falcão, muitas testemunhas temem falar por se tratar de um policial.
“Ainda não temos nada concreto, as investigações estão em andamento. O policial está preso por suspeita de participação no crime, mas ele diz que não fez nada. Estamos buscando provas do envolvimento dele e nossa prioridade é localizar Taciana”, diz o delegado Falcão.
De acordo com o delegado, o policial chegou a forjar álibis e ameaçar conhecidos para que dissessem que ele não tinha um relacionamento com a corretora de seguros. “Vamos também analisar as ligações feitas dos telefones de Taciana e do policial”, diz.
Quem tiver informações pode ligar para o Disque-Denúncia, no telefone (81) 3421-9595. Não é preciso se identificar.
Autor: Agol Fonte: ANTONIO QUEIROZ
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