Por ocasião da abertura do seu comitê eleitoral, na Avenida Beira-Mar de Olinda, o candidato a prefeito, Renildo Calheiros, PC do B, proferiu a seguinte frase, publicada na edição de hoje do "Jornal do Commercio":
“Olinda só tinha 30% da área saneada antes de Luciana. Hoje, tem mais 37%, só que alguns espíritos de porco reclamam dos outros 33% restantes”.
Tal informação não é verdadeira.
Olinda continua, segundo a Pesquisa Nacional de Amostragem de Domicílios de 2006, realizada pelo IBGE, com 63% da população sem direito a saneamento básico algum.
Só um espírito de porco pode brincar com dados tão sérios.
A falta de saneamento básico é resposável por 68% das internações nos hospitais públicos.
Saneamento insuficiente, como é o caso atual de Olinda, piora a taxa de mortalidade infantil.
Um estudo elaborado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas - FGV - aponta que 53% da população brasileira não possui saneamento básico e que, no depender do retrospecto da área, o problema só estará resolvido no ano 2.122 (repito é 2.122 mesmo!). O relatório apresentado foi feito por técnicos da FGV a pedido do Instituto Trata Brasil, uma entidade sem fins lucrativos que reúne empresas que visam incentivar medidas de responsabilidade socioambiental.
A Organização das Nações Unidas - ONU - instituiu 2008 como o Ano Internacionam do Saneamento Básico.
Problemas sociais graves,como é o caso do saneamento básico, não podem ser tratados de forma demagógica.
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