BÁRBARA FRANCO
“Esse rio era um lixão, hoje ainda está poluído, mas antes era bem pior”. Essa declaração é do dono de uma loja situada no bairro de Caixa D’Água, Williams Santana, de 42 anos, que vive próximo a um dos trechos do rio Beberibe que estava repleto de lixo. Até o ano passado, os moradores conseguiam atravessar o local, andando, de tantos dejetos que tinham na área. Foram retiradas 13 mil toneladas de resíduos poluentes do rio nos meses de outubro, novembro e dezembro do ano passado. Essa reestruturação do rio foi feita nos trechos entre a avenida Correia de Brito e rua Dalva de Oliveira, em Olinda, além do canal Derby-Tacaruna que fica em Campo Grande.
Essa obra foi uma ação emergencial realizada pelas secretarias de Recursos Hídricos de Pernambuco (SRH/PE) e de Serviços Públicos da Prefeitura do Recife. Os pescadores que utilizam aquela localidade como forma de renda não tinham mais como trabalhar porque quase não se via as águas do rio. “O grande problema é que a população também precisa ajudar neste processo de revitalização”, explicou o assessor técnico da presidência da Emlurb, Antônio Valdo de Alencar. Aproximadamente 80% dos resíduos retirados do Beberibe foram lixo doméstico.
Ontem, os representantes dos órgãos que fizeram esta ação no Beberibe se reuniram para discutir um novo projeto, mais amplo, que abrangeria não só o Beberibe, que tem 23,7 quilômetros de extensão, mas também o Capibaribe, com 250 quilômetros. A idéia é terminar o projeto até 2010 para que, ao longo do ano, seja feita a revitalização total dos rios. Os órgãos que estão com esse projeto acreditam que a desocupação da região ribeirinha, obra do PAC, vai ajudar ainda mais na preservação das águas.
Folha de Pernambuco
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