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O carnavalesco penedense, Cícero Tadeu Gomes Lyra, o Tadeu dos Bonecos, foi considerado habilitado para concorrer a uma das vagas disponíveis no Livro de Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Alagoas. Ao todo foram 53 mestres inscritos e 49 habilitados.
A relação com o nome do Tadeu e mais 48 candidatos que conseguiram avançar de fase dentro desse processo de escolha dos novos patrimônios vivos de Alagoas foi publicada pela Secretaria de Estado da Cultura na edição desta quinta-feira (27), do Diário Oficial do Estado.
Cícero Tadeu Gomes Lyra nasceu na cidade Neópolis, em Sergipe. Ainda criança teve que se mudar para Olinda, em Pernambuco, junto com uma tia. Na cidade, tradicionalmente conhecida pelo carnaval de rua e, consequentemente, pelos numerosos bonecos gigantes que habitam na localidade, o artista conheceu a arte e foi a amor à primeira vista.
“Tive que ir para Olinda porque meu pai teve 9 filhos e não tinha condições de criar todos. Então por ironia do destino eu fui escolhido para ir morar em Olinda com minha tia. Lá comecei, ainda pequeno, a fazer esculturas de papel na escola. Quando completei 13 anos passei a morar em Penedo e desde então me dediquei a arte. Fui me aperfeiçoando, criando novas técnicas, experimentando novos materiais e consegui criar os bonecos gigantes que fazem a alegria de multidões”, declarou.
O Livro de Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Alagoas reconhece como Patrimônio Vivo do Estado mestre ou mestra que detenham os conhecimentos ou as técnicas necessárias para a produção e para a preservação de aspectos da cultura tradicional ou popular de uma comunidade estabelecida em Alagoas.
São considerados aptos a receber o registro de Patrimônio Vivo brasileiros residentes em Alagoas há 20 anos e que tenham participação comprovada em atividades culturais no mesmo período. Uma comissão especial, composta por cinco representantes de entidades relacionadas à Cultura, vai analisar e avaliar os candidatos.
O reconhecimento proporcionará aos mestres uma bolsa de incentivo vitalícia de um salário mínimo e meio, para a manutenção dos grupos e o repasse dos conhecimentos.
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