quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Ocorrências policiais diminuíram em Olinda

MIRTHYANI BEZERRA

As estatísticas apresentadas pela Prefeitura de Olinda, ontem, em entrevista coletiva, sobre o carnaval na cidade alta, mostraram que, neste ano, houve redução nos números de ocorrências policiais, casos de violência contra a mulher e acidentes de trânsito. A Coordenadoria da Mulher não registrou a presença dos “corredores do beijo”, em que garotas eram obrigadas a beijar. Quinze mulheres foram atendidas pela ouvidoria, instalada na Casa da Cidadania, vítimas de algum tipo de violência. Uma delas teve a roupa rasgada.

Foram registrados 292 chamados policiais, em contrapartida aos 309 do ano passado. O comandante da Companhia Independente de Apoio ao Turista (CIATur) em Olinda, João Santos, atribuiu a queda à “presença maciça de policiais nas ruas do sítio histórico”. “O folião pôde encontrar uma patrulha policial presente a cada 80 metros. Isso fez com que nos preveníssemos contra problemas mais graves. Além disso, a distribuição de garrafas plásticas, em substituição às de vidro, também foi crucial para evitar ocorrências”, explicou. Segundo o comandante, a maioria dos 292 chamados policiais foi causado por brigas entre foliões - resolvidas in loco.

A coordenadora da Mulher, Jadion Santos, informou que aproximadamente 60% dos agressores são de outros estados ou países. “Eles vêm para cá achando que tudo é permitido, inclusive agarrar as moças que brincam o carnaval. Mas se esquecem que atitudes como essa são crimes”, afirmou. Para coibir a ação desses homens, a prefeitura pretende confeccionar, no ano que vem, leques informativos impressos em outros idiomas.

De acordo com o comandante do 1° Batalhão de Polícia Militar, Flávio Vieira, fora dos locais de folia também houve uma redução na incidência de crimes em relação ao mesmo período do ano passado. “Nos focos de animação, este ano, houve dez prisões em flagrante, contra três em 2006”, enumerou. “Uma garota foi assassinada, mas não foi na folia”, acrescentou.

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ADOLESCENTE APARECE MORTA

A adolescente Daniele Ferreira da Silva, de 14 anos, apareceu morta, na manhã da última segunda-feira, no Sítio dos Manguinhos, na comunidade do Bom Sucesso, em Olinda. Ela trajava um short cinza e tinha um sutiã rebaixado na altura da cintura. Apesar de estar descalça, duas sandálias femininas foram encontradas a poucos metros da vítima, próximas a uma mangueira, fato que pode indicar resistência. Além disso, uma de suas unhas, pintadas de vermelho, estava partida ao meio. A garota não possuía sinais de perfuração pelo corpo, por isso é levada em consideração a hipótese de morte por asfixia.

Segundo o cabo José Carlos Mariano, do 1º Batalhão de Polícia Militar, que esteve no local para atender ao chamado, os moradores afirmaram que a garota não era conhecida na região, mas alguns confirmaram a terem visto, na noite que antecedeu a sua morte, montada em uma moto na companhia de um rapaz. “Ela deveria conhecer o seu assassino”, afirmou. O aposentado José Severino dos Santos, de 66 anos, confirmou a história. De acordo com ele, eram mais de 23h quando a menina foi vista com outro jovem, em cima de uma moto. “Eu fui um dos primeiros a ver o corpo. Quando cheguei no local do assassinato percebi que haviam rastros de pneus de moto próximo da área onde a garota foi encontrada”, contou.

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