Conexão Calheiros: Renan e...
... e Renildo.
Prefeita rebate críticas afirmando que posicionamento do comunista na política nacional é benéfico
Paulo Floro
Agência Nordeste
RECIFE - O PCdoB começa a delinear sua posição nas eleições à prefeitura de Olinda. A prefeita Luciana Santos já não esconde sua preferência pelo deputado federal Renildo Calheiros e agora busca conversar com aliados para sustentar a candidatura. Para conseguir uma candidatura única, o principal empecilho não é a oposição, e sim os aliados. “Renildo Calheiros já é uma unanimidade dentro do PCdoB. O que se discute dentro do partido é a sua importância a nível nacional”, afirmou a prefeita à Rádio Folha 96,7, nesta terça-feira. Para Luciana, o vice-líder do Governo Lula e líder da bancada do PCdoB é o mais viável para ser seu sucessor.
Esta articulação no cenário nacional é a principal crítica feita ao pré-candidato. A mais recorrente diz que Renildo é ausente em Olinda. Luciana contesta, defendendo que esse interesse na macro-política é benéfico para o município. “As principais emendas dele no Orçamento Geral da União (OGU) são para Olinda e todas as articulações que ele faz na bancada para soluções de investimentos, também”, exclamou a prefeita. “Ele é muito interessado nos problemas de Pernambuco e Olinda, apesar da sua importância no cenário político nacional. Ele tem um pé na terra, e recebeu 100 mil votos na última eleição”, disse.
Luciana espera uma unidade entre os aliados, e está otimista em relação a uma candidatura única. O PDT e o PTB, no entanto, estão em briga de forças pelo apoio do PSB e de outros partidos do bloco. A deputada estadual Teresa Leitão (PT) já se colocou no rol dos prefeituráveis. “A minha convicção é que buscaremos o entendimento ainda no primeiro turno. Já conversei inclusive com Teresa Leitão e esperamos conversar com todos os aliados sobre a candidatura de Renildo até junho”, afirmou.
A prefeita termina seu período na gestão de Olinda marcada por críticas. Uma delas é que após dois mandatos, a cidade não conseguiu se livrar do estigma de “cidade dormitório”, nem atraiu indústrias e grandes empresas. “Essas críticas são frutos de desinformação sobre Olinda. A economia cresceu 30%”, se defende. “Temos sido agressivos no processo de atração de investimentos. O que não conseguimos é o que a geografia econômica não permite. Não cabe ter fábrica em Olinda”, disse.
O deputado estadual Pedro Eurico (PSDB), também prefeiturável em Olinda, chegou a dizer que a gestão de Luciana foi marcada por superpopulação de cargos comissionados. “Isso só mostra o desentendimento que ele tem sobre a cidade. O que fizemos foi abrir concursos. Quando cheguei, 60% dos professores não eram concursados. Hoje, atingimos a meta de 100%. É justamente o contrário”, afirmou. Neste fim de semana, o PCdoB se reúne para discutir a sucessão municipal.
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