Semáforos deixam Olinda em alerta

Pelo menos 12% da rede estão quebrados ou parcialmente danificados e o problema só deverá ser resolvido após licitação, prevista para durar 60 dias

Além de um sistema viário limitado e saturado, o município de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, sofre com a precariedade dos semáforos. Muitos sinais de trânsito da cidade, 12% da rede, estão quebrados ou parcialmente danificados, incluindo o de cruzamentos importantes. O problema se arrasta desde o início da nova gestão e se agravou com as chuvas de fevereiro. Em muitos casos o risco de acidentes é grande.
Da entrada de Olinda até o bairro de Rio Doce, a reportagem encontrou na última quinta-feira dez semáforos com problemas. Segundo a prefeitura, a cidade possui 90 cruzamentos semaforizados, mas a rede é antiga, composta de equipamentos que consomem mais energia, têm difícil manutenção e possuem uma única lâmpada.
Um dos pontos mais críticos identificado pela reportagem e que tem gerado muitas reclamações os motoristas é o cruzamento das Avenidas Governador Carlos de Lima Cavalcanti e Frederico Lundgreen, na entrada de Rio Doce. Há momentos em que o sinal fica no amarelo e, em seguida, no verde e amarelo, confundindo os motoristas e colocando em risco a travessia de pedestres.
“Desde antes do Carnaval que o semáforo está assim. Telefonamos inúmeras vezes para solicitar o conserto e nada. Na semana passada apareceram uns técnicos, mexeram, mas só piorou. O semáforo passou a ficar amarelo e verde ao mesmo tempo”, criticou o comerciante Maurício Barros. As pessoas que trabalham na área dizem que, se o semáforo não for consertado, em breve haverá acidente grave. “Os motoristas ficam buzinando e até discutem por causa do sinal”, diz a comerciante Sueidy Matos, que trabalha em Rio Doce.
O secretário de Transporte e Trânsito de Olinda, João Luiz Júnior, explicou que desde janeiro a prefeitura foi surpreendida com o cancelamento do contrato de manutenção da rede semafórica, antes sob responsabilidade da antiga EMTU. “Como ela virou Grande Recife Consórcio de Transporte, repassou a manutenção para o Detran, que a transferiu para o município, já que o trânsito é municipalizado. O problema é que tivemos que iniciar nova licitação para contratar uma empresa”, argumentou.
Como solução paliativa, João Luiz disse que está sendo feito um diagnóstico dos semáforos com problemas para serem consertados em breve. “Somente depois da licitação, que deverá durar 60 dias, poderemos partir para modernizar a nossa rede semafórica, que há muito está ultrapassada”, garantiu.


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