quinta-feira, 10 de abril de 2008

Alto Sol Nascente: Barreira ameaça quatro famílias


ESCADARIA transformou-se em cratera no Sol Nascente

Larissa Brainer

Na avenida Pirâmides, no Alto do Sol Nascente, em Olinda, moradores estão perdendo o sono por causa de uma barreira que desliza e ameaça cada vez mais casas a cada chuva. O que antes era uma escadaria, tornou-se uma cratera. Há cerca de quatro anos, um deslizamento soterrou uma das residências. Ainda é possível ver no fundo do buraco, misturados ao barro, destroços do que antes foi uma casa. Um poste já precisou ser transferido por três vezes, para que não fosse arrastado em algum deslizamento, imóveis estão comprometidos e moradores já deixaram o local preocupados.

“Estamos com bastante medo. Quando chove não durmo, fico atento. Só consigo dormir quando não está chovendo”, contou Eraldo Oliveira, 28 anos, que mora com mais oito pessoas em uma casa próxima à barreira. A mãe de Eraldo, Nilzete Oliveira, 52, se sente insegura e se queixa da situação. “Fazemos sacrifícios para construir uma casa e a barreira coloca tudo em risco”, lamentou. Segundo os habitantes do local o buraco existe há cerca de cinco anos e de lá para cá, só tem piorado. “A Defesa Civil esteve aqui, colocou lonas plásticas, mas não resolveu. Quando serão feitas as obras nos lugares de risco que a Prefeitura de Olinda prometeu?”, questionou a moradora Maria Bezerra, 57 anos, que vive no local há cerca de 37.

Segundo a Defesa Civil de Olinda, o local é um dos pontos de risco mapeados no município e monitorados pelo órgão. “Estivemos no local em março e constatamos que algumas casas estão com grande risco. Quatro famílias já foram encaminhadas para o auxílio-moradia e uma quinta está sendo monitorada”, relatou o diretor do órgão, Ezequiel Rodrigues. No entanto, Rodrigues não deu uma solução definitiva a curto prazo. “Por enquanto, não temos recurso para fazer obras. Estamos elaborando projetos para essa e outras áreas que consta no Plano Municipal de Redução de Riscos e é a partir dele que vamos tentar conseguir recursos. Enquanto isso, todas as casas continuarão sendo monitoradas”.

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