terça-feira, 18 de março de 2008

Moradores de Caixa d'Água se queixam de irregularidade no abastecimento

Imagine o que é ficar dias ou meses sem receber água em casa. Os moradores do bairro de Caixa d’Água, em Olinda, no Grande Recife, enfrentam esse problema. Eles dizem que a conta sempre chega, mas a água...

Na Rua do Compasso, a caixa d'água da casa de Leandra Barbosa quase sempre está vazia. Há um ano, ela não sabe o que é levar os pratos com a água que deveria chegar na torneira da pia. “Todo mundo sabe que a gente trabalha muito aqui, ele na máquina e eu aqui em casa, e temos que sai para buscar água”, ela conta, explicando que o marido, Rosival Ferreira, é costureiro.

Por causa da falta d'água, a produção dele caiu 30%, devido às interrupções do trabalho. “Eu tenho que parar, descer para pegar água, levo uma hora e meia para subir e descer não sei quantas vezes para isso. Atrapalha muito. O serviço tem a data certa para entregar, mas o meu trabalho é interrompido pela falta d’água”, alega.

O casal Emerson e Maria desistiu de morar na Rua da Borracha, outra localidade do bairro. A casa deles é própria, mas está fechada: por causa da gravidez de Maria, eles tiveram que se mudar e estão pagando aluguel numa parte do bairro que chega água.

“Aí a gente não pode nem alugar, porque não tem água. Quando chega aqui, a pessoa já vê as caixas na frente, não vai querer alugar”, diz ela. “Fora o prejuízo, porque eu estou pagando mensalmente pela água, sem ter”, explica o marido.

Para a dona de casa Miriam Lira, a situação também é complicada. “Meu esposo trabalha e eu tenho problema de asma, não tenho condições de carregar um balde d’água. Isso é um absurdo. Todo mês chega a conta de água, mas a gente não tem água”, denuncia.

A assessoria de comunicação da Companhia Pernambucana de Saneamento e Abastecimento (Compesa) afirmou que reconhece que o abastecimento nessas ruas é crítico por causa da localização geográfica.

A assessoria informou ainda que tem um projeto que está em fase de conclusão de licitação para a construção de um poço no local, para regularizar o abastecimento. Falta apenas a assinatura da ordem de serviço para dar início às obras, previstas para começar em abril. Ainda de acordo com a Compesa, o serviço vai regularizar o abastecimento nas proximidades dessas ruas.

da Redação do pe360graus.com

http://pe360graus.globo.com/

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