Alvo da polícia era o filho dela, acusado de matar uma jovem em janeiro
DANILO TENÓRIO
A assessora parlamentar da Câmara Municipal de Olinda, Aprígia Maria Duarte, de 45 anos, foi presa na noite da última segunda-feira, nas proximidades de sua residência, no Janga, em Paulista. Com a mulher, que já foi candidata a vereadora do município de Itapissuma e ex-diretora do Centro de Atendimento Integral à Criança (CAIC) de Peixinhos, em Olinda, foram apreendidas 25 pedras de crack, dez munições de revólver calibre 38, três lâminas de aço, R$ 52, bicarbonato de sódio e sacos plásticos para embalar a droga. Aprígia foi autuada em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de munição.
As investigações que levaram à prisão da assessora parlamentar davam como alvo o filho dela, João Eulálio Duarte Neto, 19. O rapaz é acusado, juntamente com outras nove pessoas, de participar da morte da jovem Taciane da Conceição Rodrigues, 17. A adolescente foi encontrada morta no último dia 15 de janeiro e enterrada de cabeça para baixo dentro de um mangue localizado na comunidade do Jeriquiti, em Peixinhos.
Momentos antes da prisão de Aprígia, policiais da Delegacia de Peixinhos conseguiram cumprir um mandado de prisão temporária e detiveram um dos comparsas de João Eulálio, que não pôde ter seu nome revelado por estar sendo alvo de outras investigações. No momento da prisão deste rapaz, Aprígia foi informada por uma ligação anônima de que a polícia estaria dirigindo-se a sua residência à procura do filho dela. A ex-candidata a vereadora, entretanto, antecipou-se à polícia e tentou retirar o material apreendido de dentro de sua casa, quando foi surpreendida pelos policiais.
Segundo o delegado Cláudio Guerra, titular de Peixinhos, a suspeita tentou esconder a droga na casa de alguns vizinhos. “Quando estávamos chegando em sua residência Aprígia passou por nós e entrou numa casa vizinha no mesmo condomínio que o dela, jogou a sacola contendo o material no chão da casa e entrou pedindo para ir com urgência ao banheiro. Também adentramos na residência e efetuamos a prisão em flagrante”, explicou. Aprígia foi encaminhada à Colônia Penal Feminina do Recife (antiga Bom Pastor). Das dez pessoas suspeitas de participar da morte da adolescente, quatro já foram presas. As demais já têm mandado de prisão temporária decretado.
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