segunda-feira, 10 de março de 2008

Ônibus com 50 pessoas invade casa em Olinda


Veículo perdeu o freio em uma ladeira nas proximidades do terminal da PE-15. SERRARIA de Iran Mendes ficou destruída. Apesar do susto, não houve feridos

Adaíra Sene

Medo. Este foi o sentimento que tomou conta dos 50 fiéis da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que estavam passeando, na tarde de ontem, em um ônibus alugado, de placa BXG- 5081, em Olinda. Os mormons saíam de Rio Doce para Águas Compridas quando o motorista perdeu o controle do veículo e invadiu uma casa na ladeira da rua José Alexandre Carvalho, nas proximidades do Terminal de Integração da PE-15. Ente os passageiros estavam crianças, adultos e idosos. Apesar do susto, ninguém saiu ferido.

O imóvel, além de ser uma residência, funcionava como a serraria de Iran Mendes, de 59 anos, que trabalha no local há 15 anos. Quando soube do acidente, o dono do estabelecimento respirou aliviado por não estar no local. “O susto foi grande. Eu estava em casa trabalhando na serra minutos antes, e tinham umas sete pessoas comigo, mas, graças a Deus, a gente saiu para almoçar”, declarou.

A fachada da serraria foi totalmente destruída, e por dentro o prejuízo também foi grande. Três máquinas, um automóvel modelo Astra, e a estrutura da loja foram atingidas pelo ônibus. As máquinas utilizadas no serviço com as madeiras ficaram inutilizáveis o que comprometerá o trabalho do serreiro.

O motorista e proprietário do ônibus, Sérgio Medeiros, de 37 anos, trabalha com isso desde 2000 e garante que o veículo estava bom. Segundo Sérgio, o freio não funcionou e para não colocar em risco a vida dos passageiros do coletivo, a melhor saída foi jogar o veículo contra a casa. “O ônibus vinha perfeito, fiz a manutenção há 15 dias, mas na ladeira o freio não pegou. Se eu tivesse seguido em frente ia ser muito pior, pois nós íamos direto para a PE-15. Eu tinha 50 pessoas comigo, não podia colocar a vida de tanta gente em perigo”, afirmou o condutor.

Apesar de ter sido uma atitude emergencial, a preocupação de Sérgio Medeiros foi grande. “A primeira coisa que eu fiz foi descer para ver se tinha alguém embaixo do ônibus, ainda bem que não tinha ninguém. Estou tranqüilo. Tenho consciência de que fiz o melhor que eu poderia fazer”.

Como o coletivo é particular, o dono do veículo é que terá de se responsabilizar pelos prejuízos materiais. “O veículo é meu e agora vou ter que arcar com as conseqüências. Sei o que fiz, agora tenho que dar um jeito”, lamentou o motorista.

http://www.folhape.com.br/

Nenhum comentário: