Do JC Online
A dona de casa Amara Isadora Ribeiro, de 59 anos, teve as duas pernas operadas na madrugada deste domingo, depois de uma espera de mais de dez horas. Ela deu entrada no Hospital Getúlio Vargas, no Recife, por volta das 15h e só foi atendida à 1h10 de hoje. O teto da área de serviço do apartamento onde Amara Ribeiro reside com a família desabou e ela teve as duas pernas fraturadas.
Um morador do apartamento de cima, conhecido apenas como Júnior, estava sobre a marquise, caiu e sofreu escoriações. O acidente aconteceu nesse sábado, no Condomínio Monte Sinai, em Jardim Atlântico, Olinda.
Segundo o soldado do Corpo de Bombeiros Juscelino Correia de Melo, que prestou os primeiros socorros à mulher, a marquise tem de 800 quilos a 1 tonelada.
Juliana Isadora Ribeiro, filha de Amara, informou que o estado de saúde da mãe é estável, mas não há previsão de alta. A família alugou o apartamento há quatro meses. Na hora do acidente, estavam no local cinco dos sete moradores, incluindo Juliana. A marquise fica na parte de trás do imóvel e protege a área de serviço.
O prédio em que a marquise desabou é um dos seis blocos do Condomínio Monte Sinai, embargado pela Prefeitura de Olinda. O primeiro embargo, informou a diretora de Controle Urbano da cidade, Ana Moura, ocorreu há seis anos.
O construtor é Rodrigo Otávio de Araújo, acusado ainda de exploração irregular de argila e de vender um mesmo apartamento para três pessoas.
A Defesa Civil de Olinda condenou os imóveis. O engenheiro civil Jasmelino Guerra disse que o prédio apresenta vícios de construção, como a falta de revestimento na marquise, o que permitiu a infiltração da água de chuva.
Juliana Ribeiro prestou queixa no último sábado contra o construtor, na Delegacia de Casa Caiada.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário