sábado, 18 de abril de 2009

Olinda: Reforçada denúncia contra ex-PM em assassinato de corretora

Do JC Online

Testemunhas nesta sexta-feira, em audiência no Fórum de Olinda, que o ex-policial militar Marcos Antônio de Medeiros ameaçava a corretora Taciana Carvalho, 32 anos, desaparecida há 11 meses. Ele é acusado de matar a ex-companheira, que estava grávida de oito meses. Dez testemunhas de acusação foram ouvidas ontem na Vara do Júri do Fórum de Olinda, mas outras nove deverão comparecer dia 12 de maio. Após os depoimentos, será marcado júri popular.

Todos os presentes à audiência tornaram a dizer à juíza Maria Segunda Gomes de Lima aquilo que relataram à polícia. “Foram bons depoimentos, que revelaram que o acusado tentou fornecer medicamentos para a vítima abortar o filho que esperava dele”, informou a promotora da vara privativa do júri de Olinda, Geovana Belfort. Entre os depoentes, estava a mãe de Taciana, Fátima Maria Barbosa de Carvalho, 54.

A promotora solicitou à Justiça que as testemunhas de Itamaracá, Grande Recife, onde o corpo de Taciana teria sido ocultado, fossem ouvidas na própria cidade. Um deles é Edmílson José Ramos Filho, pescador que teria sido ameaçado por Marcos Antônio de Medeiros para transportar o corpo de Taciana e jogá-lo na Praia de Jaguaribe.

Do lado de fora da Vara do Júri, ontem, parentes e amigos de Taciana estampavam camisas com a imagem da corretora. O pai da jovem, Joatan Souza de Carvalho, 60, espera que a sentença saia até o fim do ano.

“Quero que ele seja condenado, porque é um monstro. Mostrou que é um bandido frio. Como pôde matar minha filha, uma mulher que esperava um filho dele? Se ficar livre, não vai parar de matar”, desabafou.

O ex-PM esteve no Fórum de Olinda durante os depoimentos, acompanhado dos advogados. Em janeiro deste ano, a polícia o indiciou como o único responsável pelo homicídio. Marcos Antônio de Medeiros está preso no Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel). Ele nega ser o autor do crime.

Parentes de Taciana acusam-no porque, mesmo casado com outra mulher, mantinha relacionamento com a jovem e fazia de tudo para mantê-lo em sigilo. A corretora foi vista pela última vez em 11 de maio de 2008.

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