Diante da crise econômica e das reclamações generalizadas dos governos, há razões para comemorar 100 dias da gestão municipal?
Renildo Calheiros - A crise realmente é muito forte, e é lamentável que no momento em que o Brasil acerta o passo, depois de tantos anos sem crescimento, os Estados Unidos quebrem e a crise acabe nos alcançando - em consequência dos EUA serem o nosso principal mercado consumidor e parceiro comercial. Nesses 100 dias, viabilizamos várias obras e temos outras em execução. Temos êxitos a comemorar, contudo, temos consciência de que é preciso ter muita cautela com as despesas do município.
Políticos não costumam adotar medidas impopulares, mas a crise tem exigido isso? Quais o senhor precisou ordenar até agora?
Renildo - Vamos tomar todas as decisões que forem necessárias. Sejam elas impopulares ou não. Vamos fazer o que for melhor para a cidade e para a vida das pessoas. Quero destacar que, apesar da crise, dentro de poucas semanas anunciaremos dois grandes projetos novos pelos quais a cidade espera há muitos anos.
O que a prefeitura vai fazer a partir de agora, uma vez que as perspectivas econômicas mundiais continuam sombrias?
Renildo - Se a crise continuar, vamos nos limitar a manter as contas em dia e continuar trabalhando com os projetos financiados com recursos dos governos federal e estadual. Como todo projeto de financiamento externo exige sempre uma contrapartida municipal, o município precisa estar sempre em condições de garantir essa contrapartida, porque isso viabiliza um aporte grande de recursos. Em Olinda, diferentemente de cidades ricas, estamos acostumados a administrar crises. Grande parte das obras que a cidade está recebendo é resultado da articulação e mobilização de recursos externos. A cidade nunca teve recursos para investimentos próprios.
Há alguma medida planejada ou em estudo para evitar um maior estrangulamento das contas do município, que poderia resultar em calotes e atraso na folha de pagamento dos funcionários?
Renildo - Olhando o gráfico da arrecadação do município, constatamos que o FPM desabou, o ICMS caiu um pouco e o ISS e o IPTU se mantêm estáveis. Mesmo em crise, Olinda não vive uma situação desesperadora. Nossa situação está sob controle. Eu observo a arrecadação toda a semana para não deixar de tomar a medidas necessárias no tempo certo. Quero reafirmar: apesar do aperto, a situação está sob controle.
http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/04/11/politica1_1.asp
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