segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Bloco Virgens de Verdade desfila pelas ruas de Olinda







A folia do bloco as Virgens de Verdade está nas ruas de Olinda: depois de uma concentração com direito a desfiles e café da manhã reforçado as mais de 200 “virgens” seguem com a animação nas ruas até o final da tarde. Um carro de apoio, quatro trios alegóricos e dez trios elétricos fazem parte do bloco, guiando os foliões antecipados que estão dentro e fora da cordão de isolamento. O bloco saiu da Praça do Fortim e segue até o antigo quartel do Exército, num percurso de 2,5 quilômetros.

Na concentração do bloco, nem frevo, nem maracatu. O rock jazzístico da cantora inglesa Amy Winehouse embalava a coreografia de oito “sósias” da artista.Devidamente maquiados, caprichando no olhos, penteados e com vestidos curtíssimos, os sete amigos que se fantasiaram de Amy não perdem um ano da folia. Já ganharam oito vezes nas categoria grupo. “Desde dezembro contratamos uma coreógrafa para nos ajudar com a dança. Já a maquiagem e as roupas ficaram por conta das esposas”, conta o personal trainer Gedito Gomes, 39 anos. “Decidimos nos fantasiar de Amy neste ano por conta das histórias polêmicas em que ela se mete”, completa.

Também apostando na brincadeira em grupo, cinco amigos sempre combinam a fantasia, que tem um detalhe imprescindível: um carrinho para levar bebida. Neste ano, resolveram se fantasiar de coelhinhas e transformaram o carrinho num ovo de páscoa gigante, mas repleto de latas de cerveja.

Outros aproveitaram a festa para fazer denúncia – mas sem perder a veia cômica. Com a fantasia “Lea Maria da Pea”, Ricardo Sérgio Pimentel, de 42 anos, tentou chamar atenção para o problema da violência contra a mulher em Pernambuco. “O estado tem altos índices de assassinato contras as mulheres. Ninguém mais está respeitando a Lei Maria da Penha”, afirma.

Comemorando o nono aniversário, o bloco escolheu três homenageados, o Mestre Salustiano, o carnavalesco e fundador do Galo da Madrugada, Enéas Freire e a ex-prefeita Luciana Santos. "São pessoas fundamentais para a manutenção da cultura, cada uma à sua maneira, que merecem ser reverenciadas", justificou o diretor do bloco, Edgard Paiva Júnior. Além dos trios, o bloco terá a participação de quatro carros alegóricos e um carro de apoio.

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