Gilberto Prazeres
Os projetos do Executivo Municipal de Olinda não encontrarão dificuldades para serem aprovados no Poder Legislativo, durante a gestão de Renildo Calheiros (PCdoB) à frente da Prefeitura. Com os 17 parlamentares que compõem a Câmara de Vereadores alinhados com o seu governo, o comunista se encontra em uma posição confortável. Podendo se dar ao luxo de não precisar “torcer” pela aprovação de suas matérias na Casa, que retoma os trabalhos. Entretanto, a ausência de uma oposição permite que questionamentos sobre como se dará a fiscalização das ações da gestão sejam levantados.
O presidente da Câmara, Marcelo Soares (PCdoB), garantiu que seus colegas, apesar de estarem todos fechados com o Governo, não deixarão de acompanhar o andamento do Executivo e alertar à sociedade olindense sobre qualquer irregularidade na Prefeitura. “Estamos com o prefeito Renildo Calheiros, mas não vamos deixar de cumprir o nosso papel de fiscalizar as suas ações. É um compromisso de todos os vereadores”, assegurou o comunista.
Marcelo Soares explicou que, na eleição de outubro, foram eleitos 15 vereadores da coligação que apoiou a candidatura de Renildo à Prefeitura. O reforço à bancada aliada ainda conta com os dois vereadores do PTB, Márcio Barbosa e Mauro Foseca, apesar de o partido ter disputado a Prefeitura com Arlindo Siqueira e ele não apoiar a administração de Renildo.
Questionado sobre a possível falta que uma oposição poderia fazer em um governo democrático, o vereador Mauro Fonseca afirmou que migrou para a base governista por entender que, assim, estará “contribuindo para a realização do melhor projeto existente para a cidade”. “O Renildo tem muita influência em Brasília e já conseguiu, durante a gestão da (ex-prefeita) Luciana Santos (PCdoB), muitos recursos para a nossa Olinda. Por isso, estamos apostando e dispostos a colaborar”, disse o petebista.
O vereador lembrou ainda que, já durante a campanha eleitoral do ano passado, a direção estadual do PTB havia se posicionado a favor do nome do comunista, preterindo o correligionário Arlindo Siqueira.
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