sábado, 12 de janeiro de 2008

Assassinatos e tráfico de drogas

Mecânico preso ontem comandava venda de drogas na rua Jeriquiti, em Olinda

Danilo Tenório

Policiais civis da Delegacia de Peixinhos, em Olinda, prenderam, na manhã de ontem, um homem acusado de traficar entorpecentes no bairro. Com o mecânico Bruno de Cássio Muniz do Nascimento, o Pé de Pato, de 18 anos, foram apreendidas dez pedras de crack, além de R$ 5 e um aparelho celular. De acordo com a polícia, o rapaz é suspeito de ser responsável pelo desaparecimento de uma adolescente de 17 anos. Bruno também está sendo responsabilizado pela morte de outras duas pessoas: Márcio Salustiano de Santana, de 28 anos, ocorrida em novembro do ano passado, e um rapaz identificado apenas pelo apelido de Alex Cabeção. Pé de Pato foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.

De acordo com o delegado Cláudio Guerra, titular da Delegacia de Peixinhos, Bruno fazia parte de um grupo que comandava o tráfico de drogas da rua Jeriquiti, em Olinda. Ele teria como comparsas quatro rapazes, conhecidos apenas pelo apelidos: Pio, César, Supla e Bobia. Sua prisão aconteceu depois do registro de denúncias anônimas. “Recebemos informações de que o Pé de Pato estava vindo para o bairro repassar crack para outros vendedores e usuários. Eles (esse grupo) tomaram conta do ponto depois que Titica e Quel, antigos comandantes do tráfico na região, foram presos acusados de participarem de uma chacina em Campo Grande (Zona Oeste do Recife)”, explicou. Gerra ainda adiantou que vai abrir um inquérito sobre as mortes e pedir a prisão temporária dos comparsas de Bruno.

Sobre as acusações, Pé de Pato assumiu já ter vendido drogas em Peixinhos, porém negou ter participado dos homicídios contra Márcio Salustiano e Alex Cabeção. “Realmente eu vendia crack na rua Jeriquiti, mas isso faz muito tempo. Atualmente, estava trabalhando numa oficina mecânica no Janga (em Paulista). Entrei no mundo das drogas porque a antiga oficina que eu trabalhava aqui em Peixinhos faliu, mas isso faz tempo”, defendeu-se. Quanto ao desaparecimento da adolescente, ele comentou que apenas a conhecia de vista. “Conhecia a garota, mas nós nunca tivemos nenhum envolvimento. Estão me acusado de coisas que eu jamais faria”, concluiu.

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