segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Caso Marquinhos: Doação de mouse ocular


Adriana amiga,

Encaminhei-lhe, há alguns minutos, emails que venho trocando com o professor Manuel Cardoso e Dr. Manoel Soares, respectivamente, inventor brasileiro do mouse ocular e diretor da Fundação Paulo Feitoza, de Manaus.
Você deve conhecer esse tipo de mouse, inventado pelo prof. Manuel exatamente para permitir a inclusão social de portadores de deficiência, principalmente os tetraplégicos, que não podem manusear o mouse comum. Já li, inclusive, no seu caderno de Informática, uns três ou quatro anos atrás, uma matéria a respeito deste recurso tão importante para quem tem seu universo limitando a uma cama ou, como no caso do meu sobrinho Marcos, uma UTI de hospital.
Talvez você não tenha tomado conhecimento, se bem que o caso dele tem sido pauta constante em nossa imprensa, o universitário Marcos José Silva de Oliveira, meu sobrinho, tem atualmente 25 anos, foi vítima de um assalto que o deixou tetraplégico e dependente de respirador artificial, há um ano e quase dois meses. A sua solidão é enorme.
Ele esteve durante um ano na UTI do Hospital Português, mesmo atualmente ficando com alguém da família ou amigo acompanhando-o 24 horas por dia, uma vez que está há dois meses em unidade de tratamento semi-intensiva, sua comunicação é muito difícil, por não ter voz. Está traqueostomizado, consequentemente só o entendemos fazendo leitura labial, o que não é muito fácil para todos nós e para ele.
Consegui, através de uma pessoa do Rio de Janeiro, cujo filho está nas mesmas condições de meu sobrinho, os contatos do prof. Manuel Cardoso e Dr. Manoel Soares que, sensibilizados com o caso de Marcos, resolveram doar-lhe o mouse, e ainda conseguiram as passagens para que o técnico da Fundação Paulo Feitoza possa vir ao Recife fazer o treinamento. O professor Manuel tentou o notebook, junto a CCE lá em Manaus, mas não conseguiu.
Estou precisando, desesperadamente, de uma luz no sentido de conseguir alguma empresa de informática que possa fazer essa doação ou, na impossibilidade, pelo menos nos conceder um desconto significativo, uma vez que temos enfrentado uma luta enorme, durante todo esse tempo, tentando conseguir meios para que Marcos possa submeter-se a um implante de marcapasso diafragmático (custa 100 mil dólares só o marcapasso) saindo do respirador artificial e ter uma melhor qualidade de vida. Conseguimos uma liminar na Justiça para o Estado bancar a cirurgia, mas até agora os múltiplos recursos que a Procuradoria do Estado vem impetrando tem impedindo que a decisão seja cumprida.
Por favor, sei que não é fácil conseguir uma doação de um equipamento desse, mas a única esperança que temos é de que apareça alguém que possa ajudar, pois o técnico da Fundação Paulo Feitoza deverá estar aqui logo depois do carnaval.
Um grande abraço,
Gercina Primo
9975-4934/3427-3009

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