O Cine Duarte Coelho foi construído em 1941 e inaugurado em 16 de outubro de 1942, com a exibição do filme “Uma Noite no Rio”, protagonizado por Carmem Miranda. A sala pertencia às Empresas de Cinemas Reunidos, dirigida por Benjamim Ramos e possuía um letreiro bastante original para a época. Era um arco em ferro, com o nome do cinema. Não temos notícia da peça original, por isso encomendamos uma cópia, que foi fabricada a partir das fotografias existentes do cinema.
A sala de projeção funcionou ativamente durante as décadas de 1950 e 1960, tendo sido posteriormente adquirido pelo grupo Severiano Ribeiro. No início da década de 1980, a casa de projeção foi desapropriada pela Prefeitura de Olinda e tombada na primeira gestão Germano Coelho.
Em 1998, a Prefeitura começou a reforma no mês de outubro, na gestão Jacilda Urquiza. Na época, o Ministério da Cultura disponibilizou uma verba de R$ 800 mil.
Iniciadas as obras, a Prefeitura realizou uma vistoria e constatou que a empresa que venceu a licitação para as obras não estava cumprindo o cronograma estabelecido para o convênio. Foi feito um laudo informando que a mesma deveria fazer um trabalho de recuperação no serviço que havia sido realizado. Posteriormente, em 2000, a obra foi invadida duas vezes por integrantes do MST e moradores da região, que depredaram o prédio. Foi prestada queixa na Delegacia de Olinda.
Em dezembro de 2000, os recursos ainda disponíveis na conta do convênio, pouco mais de R$ 90 mil, foram devolvidos à União. O Tribunal de Contas esteve analisando o caso, mas nenhuma medida prática foi tomada. Após o final do mandato, a prefeita Jacilda Urquiza diz que pagou, do próprio bolso, vigilantes para tomarem conta do prédio até o dia 03/01/2001, quando não era mais prefeita. No escritório da ex-prefeita estão as cópias dos laudos, processos e da queixa prestada na delegacia, segundo ela informou a imprensa.
Em 2003, o músico Toinho Alves, Secretário de Patrimônio, Ciência e Cultura na gestão Luciana Santos, em documento oficial, prometia a requalificação do Cine Duarte Coelho. Nada de concreto foi feito em sete anos da gestão Luciana Santos. (I.M.)
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