terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Subidas nos altos é penitência diária em Águas Compridas


Subir morros à exaustão não é um grande problema, por exemplo, para os fiéis que visitam anualmente o Morro da Conceição, durante as festividades para a santa como forma de pagamento de promessas. Todos os dias, os moradores de Águas Compridas, em Olinda, também acabam pagando esta penitência, mas a julgar pelo sofrimento, a benção alcançada deveria ser das maiores.

Infelizmente para os moradores, a subida para os morros do local, principalmente a do Alto da Conquista e de Cajueiro, onde praticamente inexistem escadarias, não são exceção, como na Festa do Morro, mas sim uma regra diária.

Os vários anos subindo e descendo as ladeiras deixaram a saúde da dona-de-casa Marlene dos Santos debilitada: “Meu joelho é uma prótese, que tive de colocar devido a uma artrose. Foram vários anos carregando água morro acima” explica.

De fato, o caminho não é dos mais fáceis. Não há pavimentação nas ladeiras, muito menos algo que facilite a vida dos moradores, como um corrimão.

O pintor Regílson da Silva, por exemplo, tem de subir com a bicicleta nas costas, todos os dias, pois, além de tudo, a subida é estreita: “A gente já chega morto no topo. Cadê os políticos, que não aparecem? Vivemos ao léu, como ratos” protesta.

Os problemas de acesso no Alto da Conquista deixaram o ajudante de serviços gerais Zaílton Santiago com varizes por toda a perna. “Subir aqui é o maior sacrifício”, resume.

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