quinta-feira, 7 de maio de 2009

Falta colírio para glaucoma em clínica de Olinda e pacientes podem ficar cegos








Foto: Reprodução/TV Globo

Cerca de 300 pessoas estão cadastradas para receber o medicamento, mas alguns pacientes estão há dois meses sem receber o remédio

Da Redação do pe360graus.com

Prateleira de remédios vazia. Quem chega à farmácia da Policlínica João de Barras Barreto, em Olinda, à procura de colírio Travatan volta de mãos vazias. O remédio é indicado para pacientes que sofrem de glaucoma, doença que atinge o nervo ótico e que pode levar à perda da visão. Ele custa em torno de R$ 85 e cada dose dura menos de 15 dias. Sem fazer o tratamento, os pacientes correm risco de ficar cegos.

Na policlínica, 300 pessoas estão cadastradas para receber o colírio Travatan gratuitamente. Porém, de acordo com os funcionários da farmácia, há pacientes que estão sem receber o medicamento há dois meses.

Os funcionários dizem que a demanda de doentes aumentou, mas a quantidade de remédios enviados pela secretaria de saúde não acompanhou esse crescimento. Na última remessa de remédios, que chegou na última segunda-feira (27), vieram apenas cinco amostras que foram distribuídas em menos de meia hora.

Para tentar resolver a situação, o atendente da farmácia, Abdias Ferreira, colheu cerca de 200 assinaturas num abaixo-assinado que será enviado ao Ministério Público, pedindo providências. “O paciente precisa fazer o tratamento contra o glaucoma. Se o governo demorar, a tendência é o usuário ficar cego”, disse Abdias Ferreira.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que não recebeu da Prefeitura de Olinda o pedido de renovação do estoque do colírio Travatan para a Policlínica João de Barros Barreto. Segundo a SES, quando o pedido for recebido, o medicamento chega à policlínica em dois dias úteis. De acordo com a Prefeitura de Olinda, o pedido será feito nesta quinta-feira (7).

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