Do Jornal do Commercio
Na Ilha do Maruim, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, o que deveria ser a solução dos problemas de infraestrutura da comunidade está causando transtornos para os moradores do local. É que as obras de implantação do sistema de abastecimento, de esgotamento sanitário e calçamento de ruas têm provocado a interdição de várias vias. “Eles fazem serviços pela metade e já começam a trabalhar em outro lugar. A maioria das ruas daqui está interditada. É um caos”, reclama o presidente do Centro Social e Cultural da Ilha do Maruim, Luciano Avelino. O problema foi denunciado ao projeto Rádio do Povo, da Rádio Jornal.
Segundo Luciano, a queixa da população não se refere às melhorias que estão sendo feitas, mas ao cronograma de trabalho da empresa responsável. “Nós não estamos contra as obras, não. Muito pelo contrário, sabemos que são coisas boas para nós. Mas a administração foi equivocada. Era preciso que terminassem uma rua primeiro para começar outra, assim diminuiriam os transtornos para a população”, diz.
“Estamos com dificuldade até para socorrer as pessoas quando alguém fica doente, pois os carros não conseguem passar por aqui”, afirma a líder comunitária Kátia Rejane de Castro. “A Ilha do Maruim não era nenhuma maravilha, mas agora está uma buraqueira só”, critica.
Segundo Kátia, as casas populares que foram entregues à população com recursos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), do governo federal, também apresentam problemas. “Quando chove, a água retorna do vaso sanitário. As paredes ficam molhadas e com infiltrações”, diz. “Quem pode pagar reboco, tudo bem. Quem não pode, fica com medo, como eu”, completa.
A moradora Verônica Marques também se queixa do mesmo problema. “A água escorre pelas paredes dos dois quartos da minha casa. Não fica só úmido, não. É tanta água que preciso enxugar mesmo. Já tirei até balde cheio”, conta.
Em entrevista por telefone, o secretário executivo de Obras de Olinda, João Batista, afirmou à reportagem do JC que, na próxima segunda-feira (13), irá visitar a comunidade para tomar conhecimento das denúncias dos moradores e do que pode ser feito para minimizar os transtornos.
Ele afirma, ainda, que é preciso paciência. “Estamos abrindo várias frentes de serviço. São muitas as obras que estão sendo feitas”, diz. Segundo o secretário, a largura das ruas e o período de chuvas ajudam a agravar a situação.
http://jc.uol.com.br/canal/cotidiano/pernambuco/noticia/2009/07/11/populacao-critica-obras-em-olinda-193174.php
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